Como eu já havia escrito em outro post, eu tenho um pequeno caderno de anotações, do tipo moleskine, onde eu rascunho ideias para futuros artigos aqui no blog. Outro dia, folheando esse caderno em busca de inspiração para novos textos, me deparei com essa ideia, tão antiga, mas ao mesmo tempo tão atual, e cheguei à conclusão de que valeria a pena compartilhá-la com meus leitores.
A tradução para o português talvez não seja tão enfática quanto o título original, publicado há quase dois anos no site norte-americano de finanças pessoais Daily Finance, pelo escritor Chuck Saletta:
“The more you save, the less you need. Forever”.
As pessoas realmente preocupadas em garantir um futuro melhor – dentre as quais provavelmente você se inclui (principalmente se for um leitor antigo do blog) – tomam algumas atitudes básicas. Primeiro, gastam menos do que ganham. Segundo, praticam a frugalidade. Terceiro, sabem aproveitar as oportunidades enquanto elas ainda estiverem disponíveis. E, finalmente, quarto, investem com qualidade, maximizando os retornos de seus investimentos e minimizando com altíssimo grau de eficiência os custos desses mesmos investimentos.
O propósito desse artigo é apresentar alguns vantagens adicionais de se adotar esse modelo de comportamentos.
Por que economizar mais é importante?
Chuck Saletta demonstrou, no artigo acima mencionado, dois benefícios extras para quem poupa bem, ou melhor, para quem economiza com agressividade, investindo bem essa diferença:
1º) Quanto mais você poupar, menos você terá que gastar.
2º) Quanto menos você gastar, de menos dinheiro você precisará em sua aposentadoria para manter o estilo de vida com o qual você se habituou.
Vamos explorar melhor cada uma dessas vantagens.
O segredo do sucesso: não inflacionar seu estilo de vida
Como eu já disse em outro post, o caminho das pedras é criar um estilo de vida em que você dependa menos de dinheiro, e tratar de ser feliz com essas opções. O raciocínio por trás disso é bastante elementar: cada real que você investe num horizonte de longo prazo se torna automaticamente um real que você não está gastando hoje. E se você não gastar esse dinheiro durante seus anos de trabalho, eles nunca terão o poder de quebrar seu estilo de vida, inflacionando-o.
O resultado dessa forma de viver é que, quando chegar a hora de se aposentar, para manter um padrão consistente de vida, você só tem que substituir a renda que você estava gastando, e não seu salário total. Por exemplo, se você ganha R$ 10 mil por mês, mas vive satisfatoriamente com R$ 7 mil, você não precisará de uma aposentadoria de R$ 10 mil, mas sim um pé-de-meia que lhe assegure uma renda mensal vitalícia de R$ 7 mil. O quadro abaixo exemplifica essa situação, mostrando diferentes taxas de poupança, e diferentes rendas anuais:
Créditos da imagem: Daily Finance
Veja o poder da frugalidade: quem tem uma renda anualizada de 70 mil reais (R$ 5.833/mês) precisará apenas de 49 mil reais anuais se economiza e investe 30% do salário. Porém, quem tem essa mesma renda anual de R$ 70 mil precisará de uma aposentadoria que lhe garanta R$ 66.500 anuais se investir apenas 5% de seu salário.
A lição aqui é bastante clara: não importa tanto o quanto você ganha, o quanto você consegue economizar é que fará a diferença no futuro. Em outras palavras: quanto mais limitados forem seus gastos, de menos dinheiro você precisará para garantir sua aposentadoria financeira.
Acelerando a aposentadoria financeira com um passo. E turbinando-a em dois passos.
E isso tudo, por óbvio, terá um impacto relevante em termos de tempo que você precisará para se aposentar. Isso porque, quanto maior a porcentagem do salário que você separar para os investimentos de longo prazo, menor a quantidade de tempo que você terá que camel…, digo, trabalhar, para enfim viver com liberdade financeira. E se você estiver a fim de turbinar essa aceleração, o melhor caminho é, sem dúvida, além de economizar ao máximo (primeiro passo), é maximizar o retorno de seus investimentos (segundo passo).
O quadro abaixo dá uma ideia bem clara disso que estamos falando. Ele mostra quantos anos você vai ter que continuar investindo, a fim de chegar ao ponto onde seus investimentos sejam capazes de cobrir a porção de seu salário dedicado ao consumo:
Créditos da imagem: Daily Finance
Veja que interessante: quem economiza e investe 30% do salário, mas tem um retorno mínimo de 4% a.a. acima da inflação, se aposenta aos 30.1 anos, ou seja, oito anos antes de quem obtém um excelente retorno anual (10% a.a.), mas economiza e investe apenas 5% de seu salário (39 anos). Ou seja, quem poupa mais se aposenta mais cedo, ainda que tenha retornos pífios com seus investimentos. Quanto menos dinheiro você investe por mês, maior será o retardo no seu plano de aposentadoria.
O ideal, pela tabela acima, é se aproximar o máximo possível do quadrante superior esquerdo, ou seja, economizar o máximo que puder, e aplicar as sobras nos investimentos que proporcionem o maior retorno possível. Num cenário como esse, em que você consegue investir 30% do salário, e obter retornos anuais de 10% a.a. acima da inflação, é possível obter a aposentadoria financeira em apenas 19 anos, ou menos de 2 décadas.
Quer turbinar ainda mais seu plano de aposentadoria? Então invista mais do que 30% de seu salário, e obtenha rendimentos anuais maiores do que 10% a.a. acima da inflação. Como obter uma rentabilidade anual acima de dois dígitos é coisa para poucos, o caminho mais fácil passa necessariamente pelo aumento da massa crítica para os investimentos, que pode advir ou de um aumento das rendas ativas (salário), ou diminuição e manutenção dos gastos em níveis baixos, ou (o que é o melhor dos dois mundos), uma combinação de ambos (aumento de salário cumulado com diminuição de despesas).
O cenário ideal, assim, é aumentar os ganhos salariais ao longo dos anos, mantendo os gastos sob controle (ou seja, sem inflacionar o estilo de vida), com um plano bem azeitado de investimentos.
Mas o que a realidade nos mostra?
A realidade nos mostra que o brasileiro, na média, economiza pouco e investe de forma ainda pior (isso supondo que ele consiga gastar menos do que ganha). Economizar pouco e investir de forma equivocada é uma combinação perfeita pra depender para sempre de governo, empresa ou família. Essas pessoas, que geralmente gastam muito e não leem um mísero livro de investimentos por ano, serão fortes candidatas a serem escravas perpétuas de seu trabalho, e de seus bancos.
Na verdade, quem gasta muito, ou seja, quem não consegue viver com o salário do mês, geralmente investe muito mal, deixando todo o dinheiro aplicado na conta-corrente ou no máximo numa poupança, ou nos famigerados fundos de renda fixa com pesadas taxas de administração (fora excrescências como títulos de capitalização e produtos similares).
E por quê elas investem mal? Porque ficam muito ocupadas gastando, torrando, seu dinheiro. Não têm tempo para pensar em seu futuro. Ficam gastando tempo mais preocupadas na próxima viagem ao exterior (mesmo com a cotação do dólar oficial na casa dos R$ 2,25, do dólar “cartão de crédito” na faixa dos R$ 2,35, e do dólar paralelo na faixa dos R$ 2,45), no próximo carro, na próxima coleção de roupas e brinquedinhos eletrônicos etc., ao invés de gastarem tempo lendo bons blogs e livros de investimentos, controlando seus impulsos de consumo, e participando de cursos e operando na Bolsa e em investimentos rentáveis disponíveis no mercado financeiro e plenamente acessíveis a qualquer pessoa.
Se você continuar gastando tempo gastando dinheiro, ao invés de gastar tempo produzindo dinheiro (através do trabalho e estudo) e economizando dinheiro (através de um estilo de vida mais frugal e menos dependente do dinheiro), a consequência é fatal e uma só: você chegará ao final de sua vida mais pobre.
Sinceramente, você quer, daqui a 20 ou 30 anos, estar mais pobre do que hoje? É seu desejo, daqui a 5 anos, estar mais pobre do que hoje? Aliás, você quer, daqui a 1 ano, estar mais pobre do que hoje?
Volto a repetir aqui o que já disse em outro artigo, recentemente inclusive:
[quote]”Riqueza não é o quanto você gasta. Riqueza é o quanto você acumula”.[/quote]
– Thomas Stanley e William Danko, em O milionário mora ao lado
Conclusão
E sabe o que é mais interessante nisso tudo? É que, pela minha experiência pessoal, tanto no mundo online quanto no mundo offline, pessoas que economizam bastante são geralmente verdadeiros mestres na arte de bem investir seu dinheiro. Isso talvez seja um dos motivos pelos quais se costuma dizer por aí que: (a) os pobres ficam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, ou (b) é difícil ver alguém da classe média ascender para o topo da pirâmide social.
Como já constatamos ao fazermos a resenha do livro O milionário mora ao lado, o segredo dos milionários não está em ganhar acima da média, mas sim em poupar acima da média. Em uma palavra: frugalidade. É a frugalidade a verdadeira pedra angular dos autênticos construtores de riqueza.
Vai por mim: você não vai ficar rico adquirindo passivos. Consumindo passivos. Exibindo passivos, para impressionar pessoas que você não conhece.
Você só irá acumular riqueza a partir do momento em que começar a acumular ativos financeiros. E isso passa necessariamente pela atitude de economizar mais. De investir mais. De investir melhor.
Como dizem Stanley e Danko (p. 32-33, sem destaque no original):
“É de se lamentar que algumas pessoas julguem as outras segundo suas preferências em matéria de comida, bebida, ternos, relógios, carros, viagens e assim por diante. Para eles, as pessoas superiores têm um gosto fino quando se trata de bens de consumo. Só que é muito mais fácil comprar produtos que indicam superioridade do que realmente ser superior em termos de realização econômica. Dedicar tempo e dinheiro ao esforço de parecer superior muitas vezes acarreta um resultado predizível: uma realização econômica inferior“.
Eu já escolhi de que lado eu quero estar. E você? 😉
Guilherme,
Perceba que a frugalidade diz: quanto menos de dinheiro você precisar, melhor.
O que o nosso mundo diz é: quanto mais dinheiro, melhor.
Existe uma dinâmica aí.
Acredito que cada um deva buscar um equilíbrio que sirva para si. Ultimamente, eu tenho gostado da seguinte fórmula:
1) economizar até alcançar um determinado montante de dinheiro, isto é, um patrimônio (seja ele 200 mil ou 2 milhões, vai de cada um).
2) A partir disto: a) não mexer no patrimônio e deixá-lo investido, crescendo ; b) manter os custos fixos baixos sempre ; c) gastar de modo mais à vontade o que você ganhar a partir de então, economizando pouco (5% a 15% do seu salário). Você já terá um mini-patrimônio formado, crescente, e terá dinheiro para gastar com coisas realmente extraordinárias (não fixas), como viagens, experiências, diversão, etc.
O importante é fazer sobrar dinheiro para que você tenha uma certa liberdade de gastos.
O que venho observando também é o seguinte: o prazer de se gastar dinheiro ou adquirir um bem deve estar diretamente vinculado ao custo que aquilo teve para ti. Por exemplo, se eu ganho 1 salário mínimo e compro um amendoim de R$0,50 para tomar com uma cerveja de R$1,50, pouco irei me preocupar com este gasto e estará tudo fantástico.
Agora, e se eu ganho este mesmo salário e aprecio o melhor amendoim do mundo, acompanhado da melhor cerveja do mundo, ao custo de R$70? Será um custo muito alto para minha realidade, devo até ficar mal humorado depois por estar fazendo isto, não será uma boa experiência para mim, ainda que da melhor qualidade.
Se tornar rico é criar degraus de sustentabilidade para as suas conquistas.
Abraços, Renato C
Oi Renato, excelentes comentários!
E parabéns pelo seu sistema de planejamento financeiro baseado em metas. Metas são essenciais para que possamos vislumbrar progressos em nossas caminhadas, e devem servir como referenciais seguros para que possamos, dia após dia, como você mesmo mencionou, de forma muitísismo apropriada, criar “degraus de sustentabilidade para as suas conquistas”.
Outro ponto muito importante de seu pensamento é a questão da correlação entre o gasto realizado em determinado item de consumo e sua proporcionalidade com o prazer que esse mesmo gasto proporcionou.
Nesse sentido, gosto bastante de uma frase de Reinaldo Domingos, que diz que devemos controlar nossos atos de consumo tendo em vista nossa faixa de renda.
Abç!
Gui meu amigo, texto formidável, perfeito. Falou tudo.
Você escreveu “Essas pessoas, que geralmente gastam muito e não leem um mísero livro de investimentos por ano, serão fortes candidatas a serem escravas perpétuas de seu trabalho, e de seus bancos.” Isto é fato, vejo isto todo semestre.
Abraço e boa semana (estou voltando das férias)
Obrigado pelas palavras, amigo!
E que bom que voltou de férias! Bom recomeço de ano!
Abç!
Guilherme, adoro seu blog. Parabéns por mais um texto fantástico!
Outro dia eu estava fazendo umas pesquisas para trocar de carro e eu quase (quase) comprei um carro bem mais caro do que o que estava planejando inicialmente. Daí parei, pensei…eu preciso deste carro? por que quero este carro e não o modelo mais simples que estava no plano inicial? Daí a ficha caiu….no mundão das aparências que a gente vive, se não vivermos alertas, cientes do que é realmente importante para nós, é MUITO fácil cair nesta armadilha do consumo, do “aparecer”, do “ter”, etc.
Abraços!
Camilla
OI Camila, obrigado e parabéns pela *EXCELENTE* iniciativa de evitar uma compra compulsiva!
É isso mesmo, você disse tudo, temos que ficar alertas, porque a propaganda insiste em nos envergonhar pelas coisas que não possuímos.
Abç!
Sou um pouco mais radical. Acho que economizar 10% do salario liquido nao vai levar ninguem a nenhum lugar. Tem que ser mais de 30%. O ideal sendo por volta de 50%. Mas como? Ora…ganhando mais!!! Nao tem como ou nao quer sair da zona de conforto? Entao meu amigo/amiga, tem que se adaptar a viver com menos. Corte despesas com supérfluos, mas nao tenha uma vida de privações ou de miseria. Para chegar a este patamar de 50%, vai economizando de modo gradual ano a ano. Mas nao se esqueça de aproveitar a vida. Todos podem conseguir !!
Oi Murilo, concordo com você.
A regra de economizar 10% deve servir como um ponto de partida. O ideal é se habituar a viver com 70% da renda ativa.
E isso está longe de ser impossível. Há exemplos práticos no mundo todo, inclusive no Brasil.
Em termos mundiais, talvez o caso mais emblemático seja o do Mr. Money Mustache, que economiza, salvo engano, 70% do salário. E sem se privar das coisas boas da vida, segundo ele.
Abç!
Economizar recebendo de salário 5k, 7k ou 10k é fácil, tenta aplicar essa teoria para uma família composta de pai, mãe e 2 filhos, recebendo em média R$ 1.000/mês. Acho que educação financeira tem que pensar nesse tipo de família também.
Cyber Battery, sem dúvida o desafio é muito maior, mas educação financeira independe da faixa de renda e sim adequar o quanto você ganha à sua realidade independente de quanto seja. Para uma família como você citou, que seja guardar 50 reais por mês e ter 600 poupado no fim do ano e comprar uma TV de 20″ usada, é melhor do que entrar em um financiamento e dividir aquela TV de 40″ sonhada em 24 prestações.
A questão principal aqui é que temos uma cultura completamente direcionada para consumo e nada voltada para a poupança, independente da classe social. O fundamental que aos poucos essa mentalidade seja mudada e para isso esses blogs são fundamentais.
Oi Cyber, faço minhas as excelentes ponderações do Pedro.
E o que o Pedro disse no final é super importante e vale a pena realçar aqui: “vivemos em uma cultura completamente direcionada para consumo e nada voltada para a poupança, independente da classe social”.
Isso chegou a tal ponto que o conceito de frugalidade, infelizmente, ficou distorcido, além de não chamar a atenção do público, que é sedenta por prazeres instantâneos, imediatistas e (em sua maioria) sem valor duradouro.
Valeu pelo comentário, Pedro!
Abç!
Por já ter trabalhado em instituição financeira te adianto que é exatamente quem ganha pouco que tem o costume de guardar um pouquinho no final do mês.
Vou além: quem ganha um pouco mais acaba deixando de economizar por não acreditar que guardar ‘míseros 100 reais’ todo mês vá fazer alguma diferença no longo prazo. O problema é que quem não tem o costume de guardar 100 reais não vai conseguir guardar 1.000, ou então 1 milhão quando tiver a chance.
Não estou defendendo o que estas pessoas fazem, só quis lembrar que é a necessidade que faz o hábito: quem não pode se socorrer nos bancos só tem a opção de economizar; para quem tem uma boa renda, atalhos nunca faltarão. Abraço!
Exato, LL, concordo com você!
E acrescento que, além da necessidade, também faz o hábito o grau de conhecimento e educação financeira, que acabam funcionando como ferramentas mentais essenciais para ter mais tranquilidade financeira.
Abç!
Sera que uma familia de 4 pessoas nao conseguiria fazer um bico para ganhar 110 reais no final do mes? Se economizassem estes 110 reais, alcancariam a facil meta de 10% do salario mensal. O que falta e coragem, inteligencia, boa vontade, pois e muito mais facil torrar esta grana em parcelas de carnes para comprarem TVs de led de 42 polegadas. Sera que nao serviria uma de 32 polegadas?? Puxa, tenho um salario razoavel, consigo economizar 50% da renda liquida ANUAL (pois economizo o maximo o 13 salario e 1/3 ferias) e ainda tenho uma TV antiga de tubo de 21 polegadas. Se me serve muito bem, pra que troca-la? Depois reclamam do governo…
Murilo,
Empatamos em relação à tv, penso exatamente como você: se ela está me servindo bem, para que mudar? Chegará um dia que isso acontecerá, mas qual o motivo de antecipar essa compra, que no momento é desnecessária?
A mídia é hábil o suficiente para manipular nossos hábitos de consumo sem que percebamos isso.
Para que ter uma tv velha se é possível ter uma nova, mesmo que parcelada em 24 vezes no cartão “sem juros”?
Eu prefiro fazer a pergunta ao contrário: para que ter uma tv nova se a velha ainda está boa e funcionando bem? Realmente preciso de uma tv nova? Se sim, para que? E por que?
E isso vale para todas as coisas.
Depois leia o meu último comentário nesse artigo: http://valoresreais.com/2009/05/25/o-peso-dos-tributos-no-preco-dos-combustiveis/
De forma mais consciente, comecei a mudar meus hábitos de consumo.
Abraços,
Excelentes depoimentos, Murilo e Rosana! Aliás, Murilo, impressionante sua capacidade de poupança de mais de 50% da renda líquida anual, vivendo uma vida de equilíbrio financeiro e perfeitamente “desfrutável”.
O que você falou é a mais pura verdade: falta às pessoas em geral vontade para buscar meios de aumentar a renda, e não se deixar influenciar pelo consumismo barato e inútil da sociedade atual.
Rosana, perfeita a sua forma de pensar em relação à desnecessidade de comprarmos coisas novas. Temos que constantemente nos fazer essas perguntas, ou seja, fazer auto-reflexões, pois, se pararmos para pensar, no fundo no fundo muitos de nossos desejos não são realmente “nossos”, mas sim foram colocados em nossa mente por fatores externos.
Temos que saber valorizar aquilo que já temos. Os hábitos de consumo assim ficam mais saudáveis, fazemos compras com mais qualidade, e deixamos espaços de nossa vida para bens (imateriais) bem mais importantes.
Abç!
As empresas em geral ‘gostam muito’ de pessoas como nós, que tem uma visão mais crítica em relação ao consumo por impulso. rsrsrsrsrsrs
Rsrsrssrs…..concordo, Rosana…. 😀
Abç
Para mim, esse já é um dos melhores post do blog!
E os comentários também estão muito enriquecedores.
Dessa vez não tenho nada a acrescentar, nota 10!
Muito obrigado pelas palavras, Rosana!
E concordo quanto aos comentários: eles dariam um post à parte, porque estão um show à parte!
Abç!
Rosana, este e o melhor blog, para mim, de financas pessoais. Alem de nao falar apenas de $, mas de qualidade de vida tb. Pois $ para mim, serve para termos mais QDV e nao ficarmos nos matando de tanto trabalhar para mantermos um padrao de vida insustentavel, mentiroso, fraudulento. Nota-se tb um excelente nivel dos frequentadores do blog. Tudo consequência dos excelentes artigos.
Murilo,
Concordo que o nível dos frequentadores do blog é excelente, sempre trazendo novas ideias, experiências e pontos de vista que agregam.
Eu sempre aprendo muito aqui! 🙂
Murilo e Rosana,
É uma alegria muito grande receber os comentários de vocês, pessoas altamente qualificadas, ainda mais agora que mais um mês se encerra.
Eu aprendo um monte, mas um monte mesmo, lendo os comentários, pois eles, como a Rosana disse, sempre acrescentam novas ideias, pontos de vista, experiências e perspectivas.
Vou destacar novamente essa frase do Murilo que achei sensacional, e que vale uma reflexão:
“Pois $ para mim, serve para termos mais qualidade de vida, e não ficarmos nos matando de tanto trabalhar para mantermos um padrão de vida insustentável, mentiroso, fraudulento”.
Nota 10!
Abç!
🙂
Nossa, como aprendi sobre financas aqui.
E eu muito mais! 😀
Guilherme,
É como um professor meu sempre dizia: “O segredo é saber onde se quer chegar”. Caso contrário, nunca estaremos satisfeitos. Anotar em um caderno, bloco de notas ou no computador os objetivos para daqui a 5, 10, 20 e 30 anos pode ser um começo e um exercício mental para adotar esta prática, já que podemos sempre revisar, relembrar e refletir a partir daquele ponto inicial, sem deixar nossa mente praticar os seus truques com a gente.
Parabéns pelo artigo.
Ótima dica, Guru!
De fato, colocar as metas no “papel” nos ajuda a “enxergá-las” melhor, trazendo disciplina e ordem para as nossas ações do dia-a-dia.
Abç!
Henrique, mais uma vez um excelente post.
Desde de 2010 eu acompanho o post do Rafael e o seu. E tenho percebido isso na prática, antes disso fazia apenas uma reserva de 30% do meu salario e ia direto para poupança por falta de saber onde investir, mas sabia que não poderia gastar aquele dinheiro e viva com os 70% que não era para gastos apenas, e dentro dos 70% incluia investimentos em estudos como faculdade, idioma e o que sobrava era o custo de vida que tinha q me virar.
Hoje o cenario mudou realmente sei como alocar o dinheiro que chega até a mim e pq ele vai para o fundo X e não Y. Para cada objetivo eu chamo de “fundo de investimento”. Por exemplo, reservo cerca de 5-10% de qualquer renda extra que recebo para uma conta exclusiva para gastar com prazer da vida, como viagem com a familia, barzinho, presentes de aniversarios, me satisfazer comprando o que gosto etc. Nessa conta que estrategicamente coloquei em um investimento de liquidez diaria que rende um pouco mais que a poupança, vou alocando, sempre o resta e que não compensa eu investir em algo possivelmente rentavel (ações, LTN, FI etc) já que prazo e taxas não ajudam quando o valor é baixo.
Então quando eu preciso fazer uma viagem curta? Ou quando preciso ir à um barzinho vou e tiro dessa conta. Pois, reservei para esses momentos que não podem ser privados. Já que meu objetivo era manter meus investimentos e criar um fundo que chamo de “prazer da vida”, onde eu possa realizar saques sem comprometer meus investimentos. Outro detalhe que definir é que o saldo dessa conta nao pode ultrapassar 2 mil reais, caso aconteça 50% do valor é retirado e aplicado em algum tipo de investimento.
Uma situação que aconteceu recentemente é que queria comprar um segundo monitor para meu home office, mas não queria que o valor saisse do meu salario mensal, isso ia afetar o quanto sobra do meu salario. Mesmo que parcelasse em parcelas de 50,00 reais “s/juros”. Então, olhei para minha conta de “prazer da vida” vi que tinha saldo para comprar à vista, ganhei desconto, fiquei sem divida e não comprometir meus aportes mensais.
Venho adotando essa estrategia há pouco tempo, mas parece que em medio e longo prazo há um efeito muito grande. E ao ler seu post, realmente pude perceber isso mais forte.
abracos,
Excelente depoimento, Camilo!!!! Fico muito feliz que as ideias contidas no meu blog tenham lhe ajudado a viver uma vida melhor!!
Ao mesmo tempo, lhe parabenizo pela excelente gestão do orçamento financeiro pessoal, adotando táticas que fazem você se planehar para o futuro e ao mesmo tempo aproveitar o presente!
Abç!
Guilherme, vi alguns posts seus sobre programas de milhagem. Acho que essa história vai te interessar: http://gizmodo.com/how-an-engineer-earned-1-25-million-air-miles-by-buying-1339646546
Obrigado pelo link, Alan!
Realmente, o cara fez um bom negócio com os quitutes…rs
Abç
Olá Guilherme, é realmente impressionante a quantidade de pessoas que preferem ser aceitas por pessoas que não pagam as suas contas e nem ao menos as conhece.
Aqueles que possuem educação financeira são menos de 1% da população brasileira. Boa parte destes, são os banqueiros e grandes empresários, quase que 100% destes ganham fortunas graças a ignorância da população.
O restante são poucos, estudantes e estudiosos como nós. Que não nascemos ricos, mas seremos e seremos de forma honesta e justa e ainda com todo mérito próprio.
A grande massa ignorante acha que economizar é “feio” “coisa de pobre” , por isso eles passam a vida inteira trabalhando que nem escravo para manter um padrão para aparecer para os outros e enriquecem os ricos cada vez mais.
Como você falou, fator principal para a pessoa ser realmente rico na acepção ampla da palavra, é ter educação financeira suficiente para ter um padrão de vida econômico, de qualidade, adquirindo apenas o que for necessário e que valorize os bens intangiveis em primeiro plano.
De nada adianta, ganhar 100 mil reais por mês e gastar o dinheiro todo antes de acabar o mês.
Abraço.
Excelentes comentários, Gouvea!
É exatamente isso: a educação financeira desempenha papel fundamental para transformar a vida das pessoas para melhor. Ela está acessível para todos, contudo, só uma minoria extrai os benefícios decorrentes dela.
Abç!
Olá a todos,sou português e me identifico com tudo o que aqui foi escrito.Na verdade acho que o problema é global.Só estou a escrever para recomendar alguns livros que podem ajudar muito quem ainda não tem habitos de poupança.
O homem mais rico da babilonia,segredos da mente milionaria,pai rico pai pobre,o milionario mora ao lado.Penso que podem mudar a vida de muita gente obrigado pela atenção
ps(mudaram a minha)
Olá Frugal, legal sua indicação de livros!
E legal também saber que eu tenho leitores europeus! 😀
Abç!