Esse artigo é uma colaboração de Ing. Rennella Cristian, autor do site oMelhorTrato.com, especializado em comparar produtos financeiros.
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Investir em fundos de investimentos pode ser interessante se você não tiver disponibilidade de analisar os ativos individuais que irão compor sua carteira de investimentos. Porém, por essa comodidade, paga-se um preço na forma de taxas de administração. Quais são exatamente as vantagens e desvantagens de se investir em fundos de investimentos? Abaixo enumero os principais aspectos que envolvem essa decisão.
Vantagens:
1) Não é necessário ser um especialista no mercado financeiro para investir. A gestão dos recursos feita por especialistas, que são profissionais especializados dedicados exclusivamente ao gerenciamento de seus recursos.
2) Possibilita que investidores de perfil similar (com objetivos comuns, estratégias de investimento semelhantes e mesmo grau de tolerância a risco) concentrem recursos para aumentar seu poder de negociação e diluir os custos de administração.
3) Acesso a modalidades de investimento que, pelo volume de recursos envolvidos, não estariam ao alcance de investidores individuais, especialmente os de menor capacidade financeira, aumentando, assim, a quantidade de alternativas de investimento disponíveis.
4) Não requer muito dinheiro para começar a investir. Transparência nas informações. A formação de uma carteira diversificada de ações.
5) Você escolhe em qual estratégia quer investir.
6) Diluição, entre os participantes, dos custos de administração da carteira que, normalmente, não são acessíveis aos investidores individualmente.
7) Liquidez diária. Ou seja, as cotas de um fundo de investimento podem ser resgatadas a qualquer momento. Vale ressaltar que os prazos de aplicação e resgates variam dependendo do fundo.
8 ) Assegura ao investidor a comodidade de ter os seus investimentos administrados profissionalmente, sem que ele tenha que dominar a utilização de sofisticado instrumental de análise e acessar diferentes fontes de informação, requeridas para a administração profissional de uma carteira de investimentos.
Desvantagens:
1) Delegar a terceiros a administração de seus recursos ausência de autonomia na tomada das decisões de investimento do fundo é submeter-se a regras previamente estabelecidas e à vontade da maioria dos cotistas.
2) Arcar com custos inerentes a este tipo de investimento. Uma das principais desvantagem do investimento em fundos de ações é de natureza tributária. No fundo de ações, contudo, cada venda, independentemente do valor negociado, paga-se 15% de Imposto de Renda (a regra vale também para os ETFs).
3) Além disso, ao investir em fundos de ações o investidor paga uma taxa de administração. Alguns fundos cobram uma taxa inclusive sobre o desempenho do investimento ao longo do ano, o que diminui a rentabilidade dos investimentos. Taxa de administração alta podem consumir uma parte grande dos ganhos. É importante saber em que o Fundo está investindo: Títulos Públicos Federais são sempre papéis de menor risco, prefira então fundos que se concentrem em papéis do Tesouro Nacional, Títulos Públicos Federais.
4) Investir diretamente em fundos que digam respeito às ações de empresas ruins que o investidor é obrigado a comprar quando adquire a quota de um fundo. Se o investidor compra quotas de um fundo composto por 40 ou 50 ações, é bastante provável que algumas das empresas adquiridas não sejam um bom investimento no longo prazo.
Conclusão
Em resumo, você precisa fazer o dever de casa para escolher o melhor fundo para seu perfil de investimentos. Dá trabalho, é certo. Mas a boa notícia é que hoje já é possível fazer pesquisas pela Internet, como no nosso site oMelhorTrato.com.
Bons investimentos!
* Créditos da imagem: Free Digital Photos
Desculpe discordar, mas eu sou crítico dos fundos de investimentos e não vejo vantagens que justifiquem este investimento.
Acho que um pequeno investidor pode reduzir custos buscando uma corretora que não cobre taxa de custódia mensal e reduzindo suas operações à compra de ETFs (PIBB11 ou SMAL11 por exemplo). Pelo menos enquanto não tiver um maior montante de recursos financeiros.
As pessoas se enganam com as taxas de administração e com o retorno alcançado no longo prazo.
Veja o exemplo do Fundo de Ações “BB Ações PIBB” do Banco do Brasil, que aplica os seus recursos adquirindo cotas PIBB.
http://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/dtvm/dwn/inf06251554.pdf
Ele cobra taxa de administração de 1,5% ao ano. É baixa? Eu não acho… veja o retorno dos últimos 5 anos no link acima, referente ao mês de março de 2012. Enquanto o IBrX-50 rendeu 28,55%, o fundo do Banco do Brasil rendeu apenas 18,71%.
Ou seja, o fundo que compra preponderantemente cotas PIBBs (indexadas ao IBrX-50) rendeu apenas 65% do índice.
Isso ocorre porque, apesar de alguns considerarem baixa uma taxa de 1,5%, tem que considerar que ela é cobrada anualmente sobre o capital total do investidor e não sobre o lucro. Pior, ela é cobrada mesmo que o investidor tenha prejuízo, como ocorreu nos anos de 2008, 2011 e está ocorrendo em 2012.
Dessa forma, concluo que os riscos de se investir em fundos de investimento são demais arriscados e os únicos que têm o seu lucro garantido são os bancos, que recebem este pagamento independentemente de um resultado positivo para os seus clientes.
Também sou da opinião de que, salvo algumas poucas exceções, para quem minimamente estuda os seus investimentos, os fundos não são um bom negócio.
Ótimo artigo, bem escrito !
Olá, Breno, excelente seu comentário, principalmente no exemplo do PIBB vs. Fundo PIBB.
De maneira geral, os fundos oferecem uma comodidade em troca de um preço, que é a taxa de administração. Além dos fundos de ações com cotas negociadas em Bolsa – ETFs, como bem lembrado por você – outro tipo de fundo que pode ser útil para o pequeno investidor são os fundos imobiliários, cuja gestão é feita por terceiros igualmente.
Já na renda fixa, o melhor caminho é mesmo escolher os ativos de modo individual.
Renato, obrigado!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Esse “descordar” no meu comentário ficou horroroso… o correto seria “discordar”
Kkkk….fiz a correção no comentário. 🙂
Guilherme,
O problema da taxa de administração é que ela engana o investidor que não tem uma educação financeira adequada.
Continuando com o exemplo do Fundo de Ações “BB Ações PIBB” do Banco do Brasil, que cobra uma taxa de 1,5% ao ano, em cinco anos, em tese, isso representaria uma taxa de 7,73% (juros sobre juros), mas na prática o que ocorreu foi uma taxação mais de quatro vezes maior, de quase 35%, pelos motivos já explicados acima.
Isso em apenas 5 anos. Imagine no longo prazo para alguém que almeja a sua aposentadoria.
Concordo com a sua diversificação proposta, investindo em Fundos Imobiliários.
Em relação à renda fixa, acredito que não há nada mehor que os Títulos do Tesouro Nacional.
Você tem total razão, Breno.
Não faz muito sentido investir num produto com taxa de administração mais alta, se você tem a opção de baratear o custo do investimento optando por um produto equivalente e mais eficiente do ponto de vista das taxas de administração.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
positivo e bom