“Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso de Steve Jobs durante formatura em Stanford, 2005
No último final de semana eu estava remexendo nas coisas velhas que ocupavam espaço nas prateleiras do meu quarto. Uma coleção de CDs antigos. Algumas pastas da época de trabalhos no colégio. Uma pequena pilha de revistas “Superinteressantes” de meados dos anos 90. E uma caixa de iPod. Dentro, um iPod Nano Black. O Nano da primeira geração. Foi também um dos primeiros gadgets que tive a oportunidade de adquirir como fruto de meu trabalho. Sinceramente? Quando recebi o produto em casa (comprado, na época, no Mercado Livre, porque os preços de então eram absurdamente caros nas lojas “oficiais”), fiquei maravilhado e impressionado com aquela pequena obra-prima. Quem teve aquele iPod Nano de primeira geração sabe do que estou falando. Era uma “peça de museu” (“museum piece-class digital music player”), como descreveria o iLounge, site especializado em produtos da Apple. Como podia um aparelho de mp3 ser tão pequeno, elegante, funcional, e bonito, tudo ao mesmo tempo? E então fui colocar a primeira leva de músicas, e a qualidade de áudio era qualquer coisa de espetacular, muito superior à qualidade de áudio dos mp3players que eu até então havia usado.
“Steve estava entre os maiores inovadores americanos -corajoso o suficiente para pensar diferente, ousado o suficiente para acreditar que ele poderia mudar o mundo e talentoso o suficiente para fazê-lo”. – Barack Obama
Como fã de gadgets (hoje um pouco menos, reconheço), alguns aparelhos marcam nossas vidas pela emoção de nos conectarmos com eles pela primeira vez. A experiência de desempacotar aquele iPod Nano foi um desses raros momentos de grande emoção. O uso desse aparelho perdurou durante os 3 anos seguintes, uma vez que músicas, audiolivros e podcasts sempre foram um excelente passatempo para meus momentos de lazer. Hoje, já tenho um mp3player mais avançado (não por acaso… um outro iPod), e é legal e tal, mas o contato com aquele primeiro aparelho foi o mais marcante de todos.
Steve Jobs era assim: ele não tinha como objetivo final criar produtos melhores, mas sim fazer pessoas e famílias mais felizes. Esse era o seu objetivo último, e era nisso que ele se empenhava.
“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores. Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Como eu disse no artigo [Vídeo legendado] Discurso de Steve Jobs na formatura dos alunos de Stanford 2004, “sempre que ouço/leio/escuto alguma notícia sobre as ações de Steve Jobs envolvendo produtos da Apple, a primeira palavra que me vem à mente é inovação. A inovação, antes de marcar presença nos produtos da ‘maçã’, marca presença no próprio comportamento e estilo de vida de Jobs”. Tanto é assim que publicamos uma resenha do livro Inovação: A Arte de Steve Jobs, no começo do mês passado.
“O mundo perdeu um visionário. E pode não haver maior tributo para o sucesso de Steve do que o fato de que grande parte do mundo soube da sua morte em um dispositivo que ele inventou” – Barack Obama (pois é, eu mesmo fiquei sabendo da morte dele por meio do Ipad)
Hoje, Steve Jobs morreu, e o mundo perdeu uma pessoa visionária, que, durante sua passagem por essa vida, fez uma diferença positiva na vida de milhões de pessoas. Jobs deixou um legado de inovação e empreendedorismo que, tenho certeza, inspirará, como ninguém jamais inspirou, a próxima geração de líderes, empreendedores e visionários, do mundo inteiro. Fazer desse curto período de existência um lugar melhor para se viver é, no final das contas, vai importar. E ele fez. Obrigado, Steve Jobs!
Clique aqui para assistir o vídeo se seu leitor de feeds não conseguir abri-lo.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Hotmar, há anos atrás nos conhecemos em um fórum de tecnologia, o PalmBrasil, portanto é claro que antes mesmo de entrarmos nesse mundo de educação financeira, o que temos entranhado é o amor pelos gadgets. E neste mundo, poucas pessoas foram tão influentes, visionárias, inovadoras e importantes quanto foi Steve Jobs. Sua existência mudou o mundo, e seu legado permanecerá por muito tempo.
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É mesmo, fiquei sabendo do falecimento dele num iPad…
Esse discurso dele em Stanford é um clássico.
Wwaauu !!!
Que lindo este texto! 🙂
O cara vai deixar saudades!
Só um alerta para os endividados: os produtos que ele *inventou* é um pouco caro no Brasil. *O país dos impostos*.
Abraços! 😉
Belo relato Guilherme,
Abraço.
Maurício, grande Maurício, pois é, já se vão 8 anos nesse maravilhoso mundo da Internet, que começou no saudoso PalmBrasil! Pudemos acompanhar cada passo da evolução da Apple, e nem imaginaríamos, 8 anos atrás, que ela se tornaria a principal empresa de tecnologia móvel do mundo. Grato pela sua participação!
Flavio, clássico mesmo!
Everton, obrigado! E concordo, esse é o país dos impostos… 🙁
Jônatas, obrigado!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!