Ontem, estreou no Brasil um dos serviços de entretenimento que mudaram a forma de os norte-americanos verem TV: Netflix. Por uma pequena assinatura mensal – R$ 14,99 -, os assinantes têm acesso a filmes e séries de TV ilimitados. O serviço é oferecido via Internet, e os filmes e séries de TV são transmitidos por streaming para os aparelhos compatíveis (computador, computador conectado à TV, videogame conectado à TV etc.), ou seja, não é preciso fazer download para assisti-los. É claro que um dos entraves para a popularização do serviço no Brasil é a limitada capacidade do serviço de banda larga: vivemos uma realidade bem diferente da vivida nos Estados Unidos, onde a banda larga combina alta qualidade com baixo preço (aqui é normalmente o contrário: baixa qualidade com alto preço).
Netflix com um mês grátis! Mas atenção: você precisa fornecer seus dados de cartão de crédito ao final do cadastro. É, não há almoço grátis…
Mas o foco desse artigo não consiste nas características técnicas do serviço: modos de transmissão, acervo de títulos, qualidade dos vídeos etc. Para informações referentes a tais atributos, sugiro, dentre tantas matérias que pipocaram na Internet nessas últimas horas, a leitura de um excelente review do Gizmodo Brasil a respeito: Netflix chega ao Brasil e traz filmes ilimitados a R$ 14,99 por mês: o que você precisa saber.
O foco desse texto diz respeito ao aspecto financeiro do serviço, considerada a relação custo/benefício, principalmente diante de outras alternativas disponíveis para assistir filmes no Brasil, especialmente os pacotes HBO e Telecine oferecidos pelas grandes empresas do setor, como NET, Sky e Via Embratel.
É fato que serviços de TV por assinatura constituem um item não obrigatório “obrigatório” de parcela considerável dos orçamentos domésticos das famílias brasileiras. Isto é, embora seja perfeitamente possível viver sem assistir televisão, quando se pensa na péssima qualidade dos programas de TV aberta, outra saída não resta às famílias brasileiras senão a de contratar um dos pacotes oferecidos pelas empresas de TV por assinatura. A questão, aqui, consiste em selecionar o pacote de assinatura mais condizente com seu perfil de consumo de mídia eletrônica. Quem gosta de futebol – ou melhor, quem é literalmente apaixonado por futebol -, certamente irá assinar um pacote extra que contemple jogos e canais não disponíveis no pacote básico. Quem tem adolescentes ou é cinéfilo de carteirinha provavelmente não se contentará com o cardápio limitado de filmes e séries de TV do pacote essencial, e assim por diante.
Eu, particularmente, tenho predileção por assistir canais de esporte, que transmitam sobretudo torneios de tênis (Masters 1000 e os 4 Grand Slams) e alguns outros eventos de alcance mundial (Olimpíadas, Mundial de Atletismo, Mundial de Judô, Mundial de Natação etc.). Assim, o pacote que assino deve contemplar os 4 canais tradicionais dessa área: Sportv, Sportv2, ESPN e ESPN Brasil. Paralelamente, tenho gostado também de alguns programas do Discovery Travel & Living, como Sem Reservas, Comidas Exóticas e 1.000 lugares para conhecer antes de morrer, o que faz com que esse canal também vire “peça obrigatória” do meu cardápio de canais.
Nos últimos tempos, tenho avaliado e “ensaiado” a opção de fazer um “upgrade” no serviço de assinatura, escolhendo um pacote que contivesse alguns canais de filmes além daqueles que já vem na grade básica, ou seja, Telecine e/ou HBO. Foi quando surgiu a notícia de que o Netflix estaria vindo ao Brasil, razão pela qual decidi suspender temporariamente esse upgrade, sobretudo pela questão econômica: eu sabia que o Netflix viria ao Brasil com uma proposta de preços agressiva (o que acabou se confirmando na prática: R$ 14,99 mensais por filmes e séries ilimitados), enquanto que os pacotes de canais de filmes na TV paga encarecem muito o valor da assinatura mensal, como veremos abaixo. Para quem assiste filmes com muita frequência, talvez compense pagar a mais por esses canais extras, mas… e para quem não é tão cinéfilo assim (como eu)? Será que não seria melhor pagar essas 15 pratas e ver como o serviço irá evoluir com o passar do tempo? Vamos abaixo mostrar as opções disponíveis.
Obs.: os preços abaixo fornecidos são aqueles ofertados independentemente de estarem inclusos em pacotes combo (TV + Internet + Telefone, ou TV + Internet).
R$ 57 pratas pelos canais Telecine e HBO. A questão é: vale a pena pagá-los?
O pacote que inclui os meus canais prediletos sai por R$ 119,90 mensais. Ate aí, tudo bem. Mas os pacotes de canais da linha “premium”, os de fillmes, custam, sozinhos, R$ 57 (R$ 30 do Telecine + R$ 27 do HBO), ou seja, praticamente 50% (metade) do valor do plano “total”. 😮 Isso mostra o alto custo da manutenção dos canais Telecine e HBO para a empresa de TV por assinatura, custos esses que, por óbvio, são repassados para o consumidor (acrescidos, claro, da respectiva margem de lucro). No final das contas, eu arcaria com a bagatela de R$ 176,90 pelo pacote completo (não o mais completo, mas aquele que atenderia minhas necessidades).
É bem verdade que existem fatores atrativos nesses canais, em relação ao Netflix, como a possibilidade de assistir a lançamentos com menos atraso em relação aos cinemas: no Netflix, os títulos mais novos disponíveis no serviço foram lançados no cinema há 1 ano, sendo esse, ao que parece, o “delay” padrão. Ainda há o fator “conforto” e o fator “qualidade”, a favor dos canais de TV, uma vez que, segundo comentários que já rolam na Internet, de quem já está experimentando o serviço, os filmes transmitidos via Netflix dependeriam de uma boa conexão de Internet (2 MB para cima) para serem transmitidos com algum grau de qualidade.
Porém, para quem não assiste filmes assim com tanta frequência, o baixo custo do serviço do Netflix parece compensar eventuais problemas que possam ser detectados (tudo depende, é claro, da qualidade efetivamente percebida com o uso do serviço, coisa que estou tentado a fazer, dado esse mês de “degustação”).
O plano Sky Mix 2011 é aquele que se encaixa nas minhas necessidades, e o seu valor, R$ 89,90, sai mais em conta do que o plano oferecido pela NET.
Para ter acesso aos canais de filmes, é preciso fazer uma assinatura extra. Os valores seguem demonstrados abaixo:
Canais HBO: valores variam entre R$ 19,90 e R$ 29,90
Canais Telecine: pacote completo sai por R$ 39 mensais
O curioso é que, se você somar os pacotes Telecine + HBO Digital 4, vai encontrar o valor de R$ 63, apenas um pouco acima do combo Telecine + HBO da NET (R$ 57), o que só reforça a tese de que esses canais de filmes custam muito caro para o assinante. Teria a Netflix “poder de fogo” para competir com esses fortes concorrentes? Essa é uma pergunta que só o tempo responderá, pois, de acordo com os internautas que não param de se manifestar nas redes sociais, o cardápio de títulos disponíveis no Netflix brasileiro ainda está um pouco limitado, mais se parecendo com “sessão da tarde ilimitada”. Ou seja, filmes antigos. Basicamente. Diz o Gizmodo:
“Como é a seleção?
Não espere novidades. A janela mínima para filmes é 1 ano após sair do cinema e para séries, uma temporada de atrasos. Há omissões importantes, como nenhum Batman ou Homem-de-Ferro, por exemplo. A maior parte do que aparece no Brasil nesse primeiro momento é de velharias. Como disse um amigo, é “Sessão da Tarde ilimitada a qualquer hora” – você vai ver que, em qualidade de imagem ruim, os filmes da Sessão da Tarde são ainda piores (desculpa, anos 80).Alguns gêneros são melhor representados (comédia, por exemplo). Há 100 filmes de Terror e 400 thrillers na listagem, com vários clássicos, e 24 novelas ou séries em português, todas desconhecidas. Aliás, em termos de séries, a coisa é bem ruim. De mais famosas, há 15 episódios da primeira temporada de Battlestar Galactica, 4 temporadas de Grey’s Anatomy e os 3 de Mad Men. Mas nada muito além disso. Não há nenhum acordo com a Globo nem a Globo Filmes, então boa parte dos filmes nacionais mais importantes estão de fora. Na verdade, o acordo com a Globo é para passar coisas brasileiras em outros Neflixes pelo mundo – há mais filmes nacionais no Neflix americano do que aqui, por enquanto.
O detalhe é que ainda há muita controvérsia na rede acerca tanto da qualidade da transmissão quanto do acervo: uns estão adorando o serviço; outros, achando bastante limitado frente ao barulho que fizeram na mídia. O MeioBit fez um review sobre a qualidade do streaming e aprovou-a.
Plano com Telecine: R$ 124,90 (mas sem HBO)
O plano com os canais mais compatíveis com o meu perfil custa R$ 89,90 (Pacote Família). A adição dos canais Telecine faz o preço subir para R$ 124,90. Fazendo as contas, percebe-se que o pacote Telecine custa R$ 35, ou seja, dentro da mesma faixa de preço ofertada tanto pela Sky (R$ 39) quanto pela NET (R$ 30).
O Netflix derruba esses preços, cortando os custos para mais da metade, com a conveniência típica de uma locadora de vídeos (possibilidade de escolher os títulos), mas com as inconveniências típicas de um serviço de streaming no Brasil, ou seja, infra-estrutura limitante….urrghhh!!! 🙁
Conclusão
Conforme afirmado pelo site Baguete, dois são os principais obstáculos para a popularização do serviço no Brasil: banda larga precária e forte concorrência, não propriamente da NetMovies, Terra TV ou Saraiva Digital, mas sim das próprias empresas de TV por assinatura (e isso fora a adaptabilidade de assistir na sua TV na sala um filme de Internet, será que cola?). Vejam o que diz o texto do Gizmodo Brasil:
“Honestamente, o Netflix é o primeiro serviço relevante de streaming de vídeo no nosso País. A concorrência diz que o cenário é difícil, que o Brasil é diferente, mas a verdade é que ninguém ofereceu um preço remotamente atrativo até agora. O Terra TV está aí há uma década e a Saraiva Digital diz ter 30 mil assinantes (muitos devem ser como eu, que vi a interface horrível e nunca mais voltei). Ainda há o Netmovies com seus 35 mil títulos (entre digital e DVDs físicos). Algumas TVs já têm conteúdo para esses provedores, mas isso não impede a entrada do Netflix. Normalmente a seleção é terrível e o preço astronômico.
A maior barreira da concorrência na verdade é o preço. Na Saraiva Digital, um episódio de série em definição normal custa R$ 6 – alguns filmes em HD chegam a custar R$ 14 no Netmovies. E se você é assinante do Net HD ou HD Max pode alugar filmes por R$ 9,90 (HD) ou R$ 3,99 (definição normal). A expectativa é que o Netflix chacoalhe o nosso mercado e finalmente comecemos a ver preços menores e seleções melhores, como aconteceu nos EUA, por exemplo”.
Embora o acervo de títulos ainda seja limitado (e decepcionante para alguns), é preciso ter paciência e ver se a quantidade de filmes e séries de TV irá evoluir com o decorrer do tempo. Nós acreditamos que sim, que o catálogo possa crescer à medida que mais pessoas se agreguem à base de assinantes, e acordos venham a ser firmados entre a Netflix e os estúdios.
Quanto à questão do preço, é bem possível que o Netflix consiga atrair para sua carteira de clientes pessoas que tenham um perfil semelhante ao meu, isto é, já sejam assinantes de um plano de TV por assinatura, mas não queiram gastar “os tubos” para ter acesso aos canais específicos de filmes, nem queiram ficar gastando dinheiro com sucessivas locações em locadoras de vídeos.
O custo/benefício desse serviço é notável nos Estados Unidos, onde frequentemente é citado pela blogosfera de finanças pessoais, como se pode depreender dos textos 75 Things Worth Watching on Netflix Streaming, publicado no The Simple Dollar, Redbox vs. iTunes vs. Netflix vs. Blockbuster, publicado no Get Rich Slowly, e, mais recentemente, no mês passado, How Spending $8 on Netflix a Month Can Make You and Your Kids Happy, do Frugal Dad.
É claro que tantas citações e tantos elogios assim chamam muito a atenção de quem “lê de fora”, principalmente porque esses sites não costumam muito “dar nomes aos bois”, e é raríssimo ver eles elogiando algum serviço, ainda mais de forma tão unânime.
Torço para que a Netflix não só melhore seu acervo inicial de títulos (segundo o Gizmodo, “para o Brasil e América Latina, o Netflix está negociando os direitos de exibição diretamente com os estúdios”), como também provoque um “rebuliço” na concorrência, baixando os preços dos serviços de transmissão de filmes (absurdamente caros, como pudemos constatar na comparação acima).
E você, já está testando o Netflix? Quais são os pontos positivos e negativos do serviço? Vai continuar assinando o Telecine e HBO, porque é do seu perfil assistir a muitos filmes? Ou é do tipo que não gosta e passa longe dos canais de filmes? Deixe sua opinião na caixa de comentários!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Eu sei que é ilegal, contudo o que eu gosto de fazer é de baixar filmes e seriados pela net mesmo, e daí assistir na TV ou no próprio computador.
Em cerca de 6 horas após a exibição de um episódio de seriado nos EUA, por exemplo, já é possível baixá-lo na internet com uma ótima qualidade e, inclusive, com legendas em inglês (para quem não é tão bom em inglês, isto é imprescindível). Se esperar uns 3 dias então, daí já consegue até legenda em português.
O problema do que citei acima, ao meu ver, reside menos na ilegalidade do que no fato de que, legalmente, não há uma alternativa para que eu assista este episódio transmitido 6 horas depois. A pirataria, mal ou bem, se adianta às opções legais disponíveis, e isto não deveria acontecer.
Estas diferentes alternativas (TV a cabo / Neflix) vão atender diferentes públicos, certamente. O que eu acho mais apropriado, no meu caso, é baixar filmes e ter TV a cabo apenas no pacote mais básico mesmo.
A TV a cabo anda insuportavelmente lotada de propagandas, muitas vezes repetitivas, o que tornam a experiência de se assistir TV um martírio. Estão sendo lançadas já TVs com internet, o que certamente indica que estamos diante de um mercado em vias de transformação, o que é muito bom !
Até !
Eu tenho o Net Combo e acho que possui um bom custo/benefício (pra mim a internet de 10 MB é o principal motivo de ter esse plano). Os canais de filme são o único ponto que sempre achei extremamente caro…
Acho que daqui um tempo, quando as opções do Netflix melhorarem, deve se tornar uma excelente opção. Só o fato de poder escolher o que assistir, já é uma grande vantagem. Na TV a cabo ficamos dependentes da programação deles, que nem sempre é adequada para nosso horário.
Não sabia que a Embratel tem TV por assinatura…
Sou assinante da Via Embratel, estou pagando R$ 54,90 e possuo Telecine + HBO.
Realmente, os melhores filmes estão no Telecine, prefiro a Telecine ao HBO.
Adorei o site, vocês estão de parabéns.
Renato C disse: “Estas diferentes alternativas (TV a cabo / Neflix) vão atender diferentes públicos, certamente”. Concordo!
Patricia, exatamente, vamos ter paciência com a Netflix e esperar o catálogo melhorar… qto à Embratel ter TV por assinatura, nem eu sabia! Descobri por acaso…
Taciano, parabéns pelo preço! Muito bom!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Taciano, qual o seu pacote na Via Embratel? Pois, eu possuo o combo New Sky light Telecine 2011 e pago R$119,40. Valeu Guilherme pelo post assim nós podemos interagir e descobrir outras opções com melhor custo x benefício. Abraços.
O meu plano é o essencial. Sendo que sou cliente da via a mais de 1 ano, posso cancelar sem pagar multa ou coisa do tipo. Isso é uma forma de negociar claro!
Táh aí, um bom artigo para um post! 😀
Bom, diante do exposto pelo Taciano, expirado o prazo de fidelização, vou renegociar meu pacote de TV a cabo. Quem sabe não rola também um upgrade com valores mais baratos para os canais de filmes!?
Conto aqui o resultado!
Essa negociação que o taciano expos é o que eu sempre faço.
Sempre que vence minha fidelização de qualquer produto (celular, tv por assinatura, etc), eu procuro alternativas mais baratas e ligo pra minha operadora pra renegociar. Dessa forma, consigo diminuir o preço que pago pelo serviço no mínimo para o mesmo valor do mais barato da concorrência…
A propósito, acabo de conseguir isenção da minha anuidade do cartão de crédito para este ano…
Legal seu depoimento, André! Vou fazer isso então. 🙂
Assinei o Netflix no primeiro dia e também tenho essa impressão de muitos filmes velhos. Há, contudo, filmes excelentes, e é uma ótima oportunidade de assistir filmes bons que passam despercebidos na sua visita à locadora.
Quanto aos valores, eu pago R$89 pelo pacote Diversão da NET, o que já acho muito caro, mas tem dois canais que fazem sucesso aqui em casa que não têm no pacote essencial: Cartoon Network e Animal Planet. Eu sempre quis mesmo assinar os Telecines, HBOs, e nos últimos tempos, o pacote HD, mas os preços são proibitivos!
Pois no dia seguinte à minha adesão ao Netflix a NET me ligou oferecendo pacote HD a um preço bem mais acessível, mas eu recusei! Recusei e disse na cara que era por causa da Netflix. Quero mais é que a chegada deles sacuda MESMO o mercado de TV por assinatura aqui no Brasil!
Quanto à programação… como eu disse, ótima oportunidade pra ver pérolas que andavam esquecidas.
Ótimo depoimento, Gustavo! Realmente, eles têm que se sacudir. O mercado de TV por assinatura no Brasil é muito caro *E* muito restrito. Viva a concorrência!
Guilherme, meu caro amigo, desculpa-me, mas tenho que descordar com este post e com todos os comentários acima. Vou tentar explicar da melhor maneira possível, sem dores para ambos os lados.
Você disse: “O plano com os canais do meu perfil custa R$ 89,90 (Pacote Família, aliás, é o que eu assino…rsrs… 🙂 )”.
Amigo, o artigo está ótimo do ponto de vista da educação financeira e comparação de preços e etc. Mas está também aconselhando a maioria a assistirem TV. E esse é o problema.
Existem milhões de razões e frases que mostram que a televisão é um equipamento antigo e de pouca utilidade nos dias de hoje. Só pra citar uma: “Desligue a televisão e vá ler um livro”.
A algum tempo escrevi em meu blog o texto intitulado: “Desligue a televisão”, onde mostrei os motivos disso tudo e as razões da qual as pessoas não conseguem deixar de assisti-la. Para os interessados segue o link: http://www.financasforever.com/2011/06/desligue-televisao.html
Eu não assisto a TV há mais de 3 anos, quase 4, e também falei sobre isso no post mencionado acima.
No livro que estou lendo atualmente: A Classe Alta de Seiiti Arata, ele relata que deixou de ver Tv há 15 anos, estou citando somente como exemplo, pois existe um outro autor que também fala sobre isso em seus livros: Tim Ferriss, autor do best seller The Four Hour Workweek (Trabalhe Quatro Horas Por Semana), onde ele explica a importância do foco em nossos propósitos. E a televisão dispersa esse foco.
Além de tudo isso, existem poucos canais que vão nos enriquecer culturalmente. Um ou dois. E estes 2 canais de conteúdo são focados a aprendizagem infantil.
Exemplo: minha irmã de 6 anos aprendeu a falar corretamente por assistir ao Canal Cultura e um outro educacional que nem sei o nome. Minha madrasta me conta os detalhes sempre que falo com elas.
Este ano li 4 diferentes livros, estou perto de completar o quinto.
Quem diz que TV não é perda de tempo está enganando a si mesmo.
Dificilmente alguém vá me convencer que televisão é uma boa.
Meu comentário está ficando muito grande, por isso vou terminar por aqui, mas poderia continuar a dizer outras razões pela qual parei de ver TV.
A propósito, (sem querem fazem propaganda de meu blog) estou escrevendo um post sobre isso tudo. Domingo, meu dia de folga, termino ele e vou programa-lo para publica-lo durante a próxima semana.
Um abraço forte e a gente vai conversando!
@everton_ric
Everton, meu caro.
O seu depoimento, condiz apena para pessoas que não conseguem impor limites a si mesmo, que é o seu caso. Ler livros enriquece tanto quanto assistir filmes, com exceção a livros acadêmicos (aliás, nem tanto assim, pois existem canais educativos que ensinam tanto quanto). Imagine um mundo onde todo mundo deixasse de lado os seus passatempos/descanso, melhor, deixar de curtir um filminho, uma partida de futebol, ou seja, deixar a sua cultura e desejos de lado para ler livros? Esse mundo seria monotonamente ridículo! Ler livros é muito bom, e eu amo ler livros, mas eu não deixo de curtir outras coisas, pois assim como eu tenho o devido controle sobre o meu tempo com a TV eu faço com a leitura e etc. Assisto vários documentários em canais de história, muitos desses souberam explicar e expor assunto muito melhor e mais eficaz do que livros que falavam do mesmo assunto, lembrando que para ser feito um filme, por exemplo, precisa-se de roteiro que não deixa de ser um livro… Veja o avanço da comunicação que temos hoje, principalmente nos telejornais, que passam muito mais conteúdos e atualizado do que jornais impressos, por falar em impressão, perceba que a distribuição de imagem televisionada é muito mais sustentável ao meio ambiente. Eu só concordaria com você, caso todas as programações da TV por assinatura fossem apenas novelas, pornografias, lixos sensacionalistas e programas de baixaria.
Everton, grato pelo seu comentário! Acho importante a pluralidade de opiniões sobre um mesmo tema, pois nos permite avaliar melhor o tema em questão.
Creio que você está interpretando mal o conteúdo do artigo. Ele não incentiva as pessoas a assistirem mais TV, mas sim procura expor diferentes opções disponíveis a quem pretende ver determinados conteúdos televisivos, de acordo com o perfil da pessoa, e levando-se em consideração a relação custo/benefício das opções disponíveis, destacado agora com a chegada de um serviço totalmente dedicado a filmes.
Ao contrário de muitos, eu não demonizo a televisão, e, sinceramente, acho o debate em torno de sua suposta inutilidade uma discussão um pouco vazia de sentido, além de fora de foco, e vou explicar o porquê. Ela, a televisão, em si mesmo considerada, não pode ser considerada nem boa nem ruim. Mas o *USO* que se faz dela é que pode ser bom ou ruim. A televisão, assim como o DVD player, o cinema, o Blu-ray player, a Internet, são apenas ferramentas, que podem ser úteis ou inúteis, dependendo do uso que a pessoa faz dela.
O importante – e aqui está a questão do foco apropriado – é analisar o *COMPORTAMENTO* da pessoa diante da telinha. Se passar tempo demais em frente à TV prejudica a pessoa nas demais áreas de sua vida, se lhe causa estresse, se lhe faz ser mais consumista, se lhe impede de sair e fazer uma caminhada etc., ela deve repensar as horas gastas diante da programação. Agora, se ela já otimiza seu tempo de modo adequado, que faz exercícios, que está com os projetos de trabalho em dia, que controla as compras etc., que mal há em passar um tempo assistindo algum programa ou canal seu que seja o predileto? Há problemas nisso, tendo em vista que a televisão foi concebida tendo como uma de suas funções principais justamente ser fonte de entretenimento e diversão? (não vou, obviamente, entrar no mérito do conteúdo dos canais, pois gosto não se discute).
É certo que hoje muito do que se passa na TV, tanto aberta quanto fechada, é de baixíssima qualidade. Mas isso não impede nem desqualifica o esforço de profissionais da mídia televisiva – atores e produtores de filmes, artistas, repórteres, jornalistas esportivos, documentaristas etc. – de produzirem material de qualidade que possa ser útil às pessoas.
O que “vai pegar” é justamente o modo como a pessoa lida com o conteúdo televisivo. Muitos gostam de TV e isso não as prejudica em suas atividades de lazer e profissionais. Já muitos outros conseguem viver 20 anos sem TV, e passam muito bem obrigado. Mas não é só porque uma determinada pessoa passa 20 ou 30 anos sem assistir TV e leva uma vida de sucesso que esse comportamento possa ser considerado como modelo de conduta a ser seguido, se há outras tantas milhares ou até milhões de pessoas que levam também uma vida de sucesso *E ASSISTEM TV*. Percebeu a questão?
Logo, o problema não está na ferramenta (TV), mas no *uso* que se faz dela.
Lendo – ou relendo (uma vez que publiquei um comentário lá no dia 16.06.2011) – o artigo que você citou, acho que a frase que mais se adapta ao que estou dizendo foi escrita pelo nosso amigo Jônatas, no dia 17.06.2011:
“Vejo a TV como uma ferramenta apenas. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal. O usuário faz as escolhas. Assim como a Internet também é uma ferramenta, tudo é questão de escolhas”.
Pessoas são, por definição, criaturas de hábitos. Assistir TV é um hábito bom ou ruim? Depende do ponto de vista da pessoa. Para aqueles que não gostam de TV, a opinião certamente será: é um hábito ruim. Mas para aqueles que gostam de TV, a resposta será: é um hábito bom. Quem somos nós para qualificar ou desqualificar uma pessoa só pelo fato de ela gostar (ou não gostar) de assistir televisão? E se isso for para ela uma atividade que proporciona satisfação e preenche de significado alguns minutos ou horas de seu dia, satisfação essa que não seria preenchida lendo um livro?
Da mesma forma que tem gente que gasta seu tempo livre preferindo ler livros a assistir filmes, tem outro tanto de gente que prefere gastar seu tempo de lazer fazendo o contrário, assistindo filmes, e não lendo nada. O que vai determinar nossas opiniões sobre o que é bom e o que é ruim dependerá da nossa percepção de valor acerca de cada uma dessas atividades, mas isso não significa que, adotando uma determinada perspectiva (ler livros é melhor que assistir filmes), a outra (assistir filmes é melhor do que ler livros) não possa ser considerada igualmente valida – “válida” na visão deles – para preencher o espaço de tempo livre que têm à disposição.
O que eu fiz no texto foi ampliar o leque de oportunidades, e discutir as opções disponibilizadas ao público. Assistir televisão faz parte de um conjunto de decisões que cabe a cada pessoa, individualmente ou em família, escolher, de acordo com seus costumes, princípios e disponibilidade de tempo.
Para cada necessidade, há um tipo específico de produto, e no mercado continuarão a existir produtos enquanto houverem essas necessidades específicas. Cabe a cada um achar aquele que lhe é melhor, “melhor” segundo seus parâmetros, seus princípios, seus gostos e seus valores. E a nós, o que cabe? Mostrar opções. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Eu iria opinar, mas meu amigo, você não deixou espaço, já abordou de forma completa o assunto. O comentário ficou um novo post.
Guilherme, sou seu fã!
Me impressiona como você consegue ser claro e objetivo ao escrever.
Grande abraço!
Nossa, Jônatas, muito obrigado pelas palavras! Vindo de você é um elogio e tanto!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
Legal o post!
Um outro site com filmes on-line é o http://www.netmovies.com.br, não sei se você ou os demais conhecem. Pelo que verifiquei no site o plano mais barato oferecido pelo site (apenas com conteúdo via web) é R$ 9,90. Mas também não conheço a fundo e não tenho como opinar e avaliar a qualidade, variedade, etc. Fica a dica para aqueles que se interessarem e para aqueles que conhecem deixar seu comentário.
Abraços,
Rodrigo
Olá Rodrigo, obrigado e seja bem-vindo!
O NetMovies também é uma opção. Pelo que eu encontrei na Internet, ele não teria a mesma variedade de títulos do Netflix, tendo um acervo mais antigo. Vamos aguardar e ver se mais alguém aqui tem uma experiência concreta com o Net Movies!
Adoramos o post… Falando em Netmovies, ao comprarmos uma Tv LED, “ganhamos” 6 meses de gratuidade no Netmovies, fizemos o cadastro via internet, preenchemos ficha, criamos senhas e, surpresa…não conseguimos conectar diretamente pela TV como prometido. Então, fizemos contato via e-mail com a empresa, já que esta não dispõe de um telefone ou 0800 pra dúvidas, e as respostas foram vagas, insatisfatórias, resumindo…até o momento não conseguimos utilizar o Netmovies e para resolver o problema, optamos por assinar o Netfix que, apesar de não podermos conectar diretamente pela TV, conseguimos um bom acesso via Computador-TV com apenas 1MB de velocidade, sem interrupção na transmissão. Concordamos que o acervo é um pouco antigo mas estamos pagando para ver e esperamos novos títulos.
Esperamos que nosso relato possa ser útil. Grande abraço a todos.
Flavia, muito legal o relato de sua experiência! Obrigado por compartilhá-la conosco!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Muito bom o post. Oque procuro na uma tv a cabo no caso (esportes são 4 ótimos canais) obtenho á um custo de 59,90 mês. Porem me satisfaço totalmente com o NetFlix pois assisto filmes a hora que quiser! Apesar da Nossa Tv ter 4 bons canais de Filmes
Somando R$59,90 da Nossa Tv mais os R$14,99 do Net Flix tenhos R$74,98
Convenhamos um ótimo preço não é?
Lanço o desafio quem achar uma combinação melhor agradeço! e Boa Pesquisa!
Porem vamos a minha humilde opnião tenho Nossa TV (www.nossatv.tv.br) 36 dentre eles os que mais me trazem mais satisfação
1 – Rit Noticias
6 – DISNEY JÚNIOR
7 – ENLACE
9 – BAND
10 – FOX LIFE
11 – TOONCAST
12 – CARTOON NETWORK
13 – DISCOVERY CHANNEL
14 – DISCOVERY KIDS
15 – DISNEY CHANNEL
16 – ESPN INTERNATIONAL
17 – TNT
18 – CNN ESPANHOL
19 – DISCOVERY HOME & HEALTH
22 – ANIMAL PLANET
23 – INFINITO
24 – BAND SPORTS
25 – DISCOVERY TURBO
26 – TCM
27 – RTPI
28 – ESPN BRASIL
29 – DISCOVERY TRAVEL & LIVING
30 – WOOHOO
31 – BOOMERANG
32 – STUDIO UNIVERSAL
33 – DISCOVERY SCIENCE
34 – DISCOVERY CIVILIZATION
35 – NATIONAL GEOGRAPHIC
36 – BABY TV
Meu pacote é o light 2 com todos os canais 3 sportv 2 fox sports ESPN e ESPB Brasil e Sport+ que é um ótimo canal de esporte da própria operadora. E como sou fã de cinema não deu pra me contentar apenas com os canais do meu pacote, como ficava muito alto o custo pra ter HBO e Telecine, tive que optar por um deles apenas e depois de muitas dúvidas escolhi o Telecine por R$ 44,00. E pra esquecer, também sou assinante Netflix pois gosto de velharia anos 70, 80 (adorava sessão da tarde daquela época) e 90.
Rua São João Batista 157
Eu quero o canal gloob HD e o canal Nick Jr HD
Eu quero o canal globo HD e os canais livres de desenhos