Semana passado, o amigo Investimentos e Finanças fez um post comparando o retorno de sua carteira individual de ações com as carteiras teóricas do BOVA11 e do PIBB11.
Apesar de seu estudo fundamentalista ter resultado num desempenho ligeiramente superior aos principais índices de mercado da Bolsa brasileira, “estatisticamente insignificante” (nas palavras do autor), tal desempenho foi construído à custa e sacrifício de tempo e energia que não compensaram os benefícios obtidos:
“Este pequeno ganho em relação ao BOVA11 e PIBB11 financeiramente não compensa; pelo menos para o tamanho da minha carteira de ações (~160K). Se tivesse dedicado este tempo à minha carreira teria ganho mais dinheiro.
Outro ponto é que eu teria tido um retorno similar ou até melhor com um mix de BOVA11 e SMAL11, que teve um desempenho bem melhor no período.”
Suas conclusões foram bastante didáticas e elucidativas a respeito do investimentos ativos vs. investimento passivo:
“Não que seja impossível ganhar do índice. Só não é fácil. Exige muita dedicação, possivelmente integral. Além de exigir conhecimentos profundos de economia, contabilidade e análise de empresas. Se você trabalha no mercado financeiro, ótimo. Mas se você trabalha em outro ramo, a melhor maneira de ficar rico é se dedicar a sua profissão ou ao seu negócio, para que possa ganhar muito dinheiro e então aplicar este dinheiro em um fundo passivo“.
Como resultado dessas reflexões…
“Após esta análise anual decidi vender minhas ações individuais e voltar a aplicar em ETFs. O maior motivo é pessoal – estou iniciando um novo projeto e preciso me dedicar integralmente a ele, não podendo perder tempo com análises de empresas. Então é muito mais prático deixar a carteira em piloto automático em um ETF.”
Não poderia concordar mais e verdadeiramente aplaudir essa iniciativa, conforme deixei registrado na caixa de comentários:
“Sábias palavras, I.F.!
E parabéns por ter retornado aos ETFs! Eles são a maneira mais prática, flexível e transparente de se investir em Bolsa, pelos ganhos que proporciona. Apresentam um custo/benefício imbatível.
A questão do IR é secundária, pois o investidor deve focar na rentabilidade líquida, e isso é muito mais fácil de ser obtida com o investimento em fundo de índice passivo do que com o investimento em ações individuais. O que é melhor: ter ganhos de R$ 1 milhão e pagar 15% de IR sobre esse valor, ou ter ganhos de R$ 500 mil e não pagar IR?
Agora, o que é mais fácil para chegar a R$ 1 milhão: investindo em ETFs ou investindo em ações individuais?
[…]
O tempo tem um custo oculto que pode ser minimizado com o investimento simples em ETFs. Com os ETFs você verdadeiramente adiciona muito mais horas para fazer aquilo que mais gosta, em vez de ficar bitolado examinando informações que nada repercutirão e nada importarão em sua vida concretamente.
Enquanto não se disseminar no Brasil as vantagens dos investimentos em ETFs, vai ter muito investidor amador brasileiro perdendo (e feio) para a Bolsa. Pior: correndo o risco de até de não ter que pagar imposto de renda, pelos prejuízos potenciais que pode ter com uma carteira ativa.
E isso fora, repito, o custo do tempo perdido, que poderia ser melhor aproveitado para geração de renda ativa, atividades de lazer, tempo com a família, estudos de idiomas, prática de exercícios físicos, viagens, cursos de pós-graduação, aulas, projetos profissionais, atendimento a clientes etc. etc. etc.
É claro que essa é uma receita que não vale para todo mundo, como bem afirmado pelo IF. Quem trabalha profissionalmente no mercado financeiro talvez consiga conciliar o tempo para uma gestão ativa. Agora, para amadores, o gasto de tempo pode ser melhor resolvido com ETFs.
I40, quanto à questão dos dividendos, uma boa carteira de fundos imobiliários supre essa preocupação com fluxo de caixa mensal. Eles são mais constantes, são corrigidos por índices de preços, e ainda há possibilidade de valorização das cotas em decorrência da valorização dos imóveis. 1/3 em RF; 1/3 em fundos imobiliários para fluxo de caixa mensal; e 1/3 para ETFs para fazer “a massa crítica” dos investimentos aumentar, é uma boa ideia. “
E é isso aí, pessoal!
Embora a preocupação com fazer os investimentos renderem o máximo possível, de acordo com um dado nível de risco, seja um fato excepcional e digno de elogios em meio a uma população onde a maioria não tem educação financeira, as nossas vidas devem ser vividas sob uma ótica global. Não adianta P*#%a nenhuma você ter chegado lá na frente com um patrimônio financeiro robusto, se, analisando o que deixou pra trás, chegar à conclusão de que perdeu muito tempo, energia e até dinheiro na busca desenfreada e desesperada de obter retornos que, no frigir dos ovos, serão apenas levemente superiores aos do mercado (falo isso também por conta própria, como ex-investidor em ações individuais durante mais de 3 anos, que vivia apanhando do Ibovespa). Não se engane: já dizia o nosso amigo William Bernstein, o mercado é mais esperto do que você.
Não estou aqui desencorajando ninguém a investir de forma ativa. Uma das coisas boas do mercado é que é possível gerenciar uma carteira de investimentos de diferentes formas: atuando como investidor passivo, como gestor ativo, e até “treidando”! Do contrário, não existiriam esse turbilhão de cursos sobre análises técnicas e alguns poucos fundamentalistas. O mercado aceita todo tipo de método de investimento. O que você deve avaliar é se você não está gastando muito de sua vida operando no mercado, sabendo que existem alternativas muito mais simples de obter retornos bem superiores.
“Sejamos francos. Ninguém, por mais apaixonado que seja pelo tema, gostaria de passar o dia inteiro monitorando os mercados, traçando estratégias e estudando otimização de carteiras.
O objetivo de estudar o mercado é justamente poder ter o conhecimento necessário para gerarmos renda passiva enquanto estamos aproveitando a vida junto das pessoas que desejamos ter ao nosso lado.
A alocação de ativos é uma forma de colocar a carteira em piloto automático, fazendo apenas revisões em um período pré determinado, como por exemplo de trimestre em trimestre.
Há ainda investidores que sugerem olhar apenas anualmente para a carteira. Há diferentes sabores para todos os gostos.
O importante é parar de ficar preocupado acompanhando o mercado diariamente e dar mais qualidade a sua vida”.
Se o produto “Horas de vida” tivesse à venda no supermercado, em pacotes de 1, 2 e 4 horas, por quanto você o compraria? R$ 50 por hora? R$ 100 o pacote com 2 horas? R$ 200 para ter 28 horas o seu final de semana (4 horas extras, comprando o pacote super premium)?
Muita gente está perdendo – literalmente perdendo – seus valiosos pacotes de horas em operações no mercado financeiro que não fazem o menor sentido. E isso é pior do que perder dinheiro, porque o tempo, ao contrário do dinheiro, uma vez perdido, não volta nunca.
Pense bem se compensa ter R$ 8,48 a mais de retorno líquido em seus investimentos de R$ 50 mil gastando as 27 horas semanais operando nos mercados, se você pode ter o mesmo retorno (ou até mais retorno) gastando em média 3 minutos. Por mês (tempo necessário para executar uma ordem de compra/venda de ETFs).
Não desperdice seus pacotes de horas. Eles não estão à venda em lugar algum. Só você tem o controle sobre eles. E eles servem para adicionar tempo à sua vida, e não para subtraí-lo.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Eu tinha visto o posto do I.F. e, além de concordar com tudo, fiquei pasmo com a rentabilidade 25% menor do PIBB em relação ao BOVA, ainda mais porque achava que a taxa de adm do PIBB era cerca de 10x menor que a do BOVA.
É uma diferença considerável!
Interessante a discussão Guilherme, seu texto complementou bem o artigo do IF. É uma bela de uma reflexão.
Gostei muito do artigo sobre frugalidade que você escreveu esses dias, pois é um dos meus assuntos preferidos. Pra quem mais gosta do tema, é interessante dar uma olhada no blog do Thomas Stanley, autor do livro O Milionário Mora ao Lado, onde é possível achar artigos sobre frugalidade, e dar umas boas risadas também.
http://www.thomasjstanley.com/blog.php
Abcs
Eu concordo que não vale a pena, para a maioria das pessoas (situação onde me enquadro), investir individualmente em ações.
Mas, no caso dele, o retorno foi muito melhor do que o dos fundos. Foram apenas 2 p.p. superior ao bova11, mas isso é o dobro do que o bova11 rendeu. É muita coisa. É claro que a amostra foi pequena (apenas 1 ano), e é bem verdade que, no longo prazo, a chance disso se repetir é muito menor. Mas, mesmo assim, a carteira apresentou um excelente rendimento, comparando com a RV no período.
Tenho uma carteira com balanceamento de RV/RF que mantenho já há cerca de 3 anos e meio. Preciso até ver como está a rentabilidade dela.
Um dos melhores posts/análises que já li na vida sobre investimentos. Parabéns.
Por sinal Guilherme, o que seriam o RBPR e RBAG que mencionam nos comentários daquele post? São os equivalentes do PIBB para o mercado imobiliário?
Se não forem, quais seriam este equivalente?
Obrigado.
PS: Outra dúvida… Há algum ETF ou investimento que acompanhe o mercado de venture capital e startups em geral?
Ah, e última dúvida Guilherme… Há algum fundo ou ativo como o ^BGVT que siga a estratégia do Benjamin Graham aqui no Brasil?
Procurei muito isso, mas não achei nada a respeito.
É isso aê Guilherme! Parabéns mais uma vez pelo excelente artigo.
Aproveito para indagar: onde consigo obter a rentabilidade dos etf’s Bov11 e Pibb?
Grande abraço,
Léo
Ótimo post. Sei que você é amante dos ETFs, e eu já comentei por aqui em outras oportunidades que tenho uma mescla de ações individuais e ETFs em minha carteira de investimento em RV. Porém com tantos textos que foram publicados e estão relacionados sobre o tema, incluindo o do HC, onde ele cita PIBB11 e SMAL11, o do IF e o seu. Vejo que vocês estão me levando a estudar melhor está opção de investimento.
Claro que o assunto “tempo” é o que mais me incomoda hoje em dia, os minutos que gasto de minha vida analisando os fundamentos de uma companhia é algo que me faz pensar.
Gostei quando você disse sobre o “pacote de tempo”, realmente não esta à venda, e não posso comprar, e é isso que me chatei e atrapalha meu relacionamento com minha família.
Estes dias mesmo estava pensando sobre o tempo que o meu blog esta me tomando, “será que vale a pena?” perguntou minha esposa. “Não sei, ainda”: respondi à ela.
O tempo é uma coisa muito preciosa, tanto que todos dizem que tempo é dinheiro. Veja, acho que vale mais que dinheiro, pois como vc mesmo disse, ele nunca retorna.
Um forte abraço!
rod, a diferença é considerável porque no PIBB os ativos que têm mais peso caíram mais. No longo prazo, a rentabilidade de ambos (BOVA e PIBB) tende a convergir. Fenômeno semelhante é registrado nos EUA, onde o DJIA e o SP 500 também tendem a convergir.
Willy, obrigado pelo link! Atualmente, estou ouvindo o Millionare Next Door no Audible!
MJC, realmente, a carteira do IF apresentou excelente rendimento. Mas ele reconhece que o excedente “não se pagou”, digamos assim, em termos de tempo e energia despendidos.
Roberto, obrigado! RBPR e RBAG são fundos imobiliários. Não são o equivalente aos PIBBs para os FIIs. Infelizmente, ainda não temos um ETF passivo para FIIs. Também não temos ETF que acompanha o mercado de venture capital e startups, embora isso possa ocorrer nos proximos anos. Sobre fundos do tipo BGVT, também desconheço aqui no Brasil.
Leonardo, obrigado! Do PIBB: http://www.pibb.com.br/ e do BOVA: http://br.ishares.com/home.htm
Everton, obrigado! Eu também comecei investindo em ações individuais e, sinceramente, quando lia que alguém investia em PIBB, achava um argumento muito simplista, direcionado somente aos amadores do mercado. Hoje, estou completamente rendido aos ETFs passivos, e isso por uma boa e prática razão: a unanimidade dos livros que li e resenhei sobre asset allocation recomendam fortemente essa estratégia. Isso, aliado, é claro, ao meu próprio desempenho como investidor de ações, comparando-o com o investimento em ETFs, me levou a tirar essas conclusões. E sobre o tempo, o sentido é isso mesmo e se aplica a tudo na vida: trabalho, investimentos, e outras “ocupações profissionais”. Temos que saber equacionar o tempo diante da multiplicidade de demandas em nossas vidas.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Estou pensando…
Abraço!
Sobre o que?
ETF X Papeis individuais.
Custo Tempo X Prazer em estudar.
Chegou a alguma conclusão?
Ja pensei muito sobre esse assunto tambem. Para mim, um esquema muito simples de alocacao entre ETF e Tesouro Direto foi muito bom. Nao gasto quase nenhum tempo e, apesar da rentabilidade da RV nao estar la essas coisas, o conjunto fica bem legal.
[]`s
MJC,
Atualmente invisto no ETF Small e em papeis blue. Só pretendo acumular nos próximos 25/30 anos. Gosto de estudar, gosto de avaliar empresas e tomar decisões.
Ainda não cheguei a conclusão. Às vezes penso em algo como: ETFs PIBB e SMALL, mais: VALE, PETR, BBAS e AMBV.
Abraço!
Jônatas, acredito que seja um desafio para todos nós saber até que ponto vale a pena estudar as ações individuais. Acho que você está trilhando um bom caminho, pois demonstra conhecimento, satisfação intelectual e utilidade prática no “investimento em tempo” que realiza ao estudar tais ações. Se você se sente bem assim, não vejo problemas em continuar realizando essa forma de estratégia. Como eu disse lá em cima, cada estratégia requer um perfil diferente de investidor.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Que bom receber suas respostas aqui nos comentários Guilherme.
As vezes sinto falta disso.
Se que vc está e é uma pessoa ocupada, porém o blogueiro tem um compromisso com seus leitores.
Abraços amigo.
Everton, valeu pelo feedback!
Realmente, temos compromisso com meus leitores. Como o tempo está curto, estou priorizando “concentrar” a atualização dos comentários num período determinado de tempo. Respondo a todos, com o cuidado e a atenção que é exigida, e na medida das minhas possiblidades fáticas também.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Valeu pela resposta Guilherme. Abraço e sucesso!
Ôpa, às ordens, Roberto!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Isso me ajudou a fazer reflexão sobre a forma que invisto hoje. Invisto em ações utilizando a análise fundamentalista e balanceio a carteira com títulos públicos e FIIS.
Eu sempre reclamei da análise técnica, mas agora vejo que dei um tiro no pé. Não fico o dia todo na frente do home broker “tradeando”, mas tenho que ficar monitorando mercados, fóruns, garimpando nos balanços patrimoniais, definindo estratégias, fazendo um milhão de formulas… Hoje, ainda vejo esse meu esforço como hobby até, porque gosto de fazer esse tipo de análise.
Mas com certeza vou reavaliar minhas prioridades agora, pois, se eu não vou trabalhar diretamente no mercado financeiro, tenho que focar no que realmente importa para mim.
Guilherme,
Esse post me lembra mais uma questão: Quanto tempo vale a pena gastarmos estudando finanças e investimentos, sendo que esse não é a sua principal fonte de renda (que seria a maioria dos investidores?
Acho que esse é um tema interessante para uma discussão futura, complementando, o que foi dito neste seu post.
Abraços!
Diego, parabéns pelas reflexões! Elas são certamente fruto de um processo de amadurecimento que temos que enfrentar nessa nossa caminhada rumo à independência financeira.
Quanto à sua indagação, realmente daria um ótimo post! Eu acho que o limite é ajustado de acordo com cada pessoa, e se resume basicamente a um critério: utilidade. Ou seja, devemos gastar tempo estudando finanças e investimentos até o ponto em que tal estudo representar um gasto útil em termos de tempo.
Exemplificando: para mim, a utilidade se define pelos limites da estratégia de investimentos. Muito mais importante é o estudo sobre gestão de ativos, do que o estudo individualizado de cada tipo de ativo. Dentro desse contexto, a gestão de ativos é representada por alocação de ativos, numa perspectiva mais ampla, e por fundos diversificados, como o PIBB, numa visão mais “intra-classe”. Isso poupa tempo, reduz consideravelmente os riscos, e melhora o retorno da carteira. Apesar de existirem ótimos campos para estudo individualizado de ações, o custo, em termos de tempo e de energia, nesse estudo, não compensaria eventuais benefícios com eventuais retornos superiores obtidos. E, mesmo obtendo tais retornos, eu não saberia nunca se ele derivaria de sorte ou de habilidade (mas apostaria alto que derivaria de pura sorte).
O negócio é procurar “diversificar” também as coisas que prendem nossa atenção. Estudar investimentos é importante, mas não é necessário ficar focado demais no mercado. Com o básico e mais um pouco, qualquer investidor pode gerenciar uma boa carteira de investimentos. E é essa uma das grandes vantagens do passive investing.
Nada contra os que fazem do mercado financeiro seu ganha-pão, sejam eles amadores, sejam eles profissionais. Só que, para mim, e na minha vida, há outras prioridades que merecem muito mais minha atenção…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Concordo que o critério utilidade tem que ser usado, mas acho que não pode ser o único. É claro que é um critério importante. Se for útil, valeu a pena. Mas, e se não for útil para finanças? Mesmo assim as vezes vale a pena…
Eu gosto de ler livros de física. Não sou físico e o assunto não é útil pra mim. Não vai mudar nada em minha carreira profissional, tampouco vai mudar a minha vida pessoal. Então porque leio? Pelo mesmo motivo que leio outros estilos de livro, por prazer. Leio por que gosto e, ao terminar a leitura de um livro, eu me sinto bem. Se a pessoa gosta de ler livros de finanças, por que não faze-lo, mesmo que não aplique em seus investimentos?
Embora para muitos o estudo seja uma fonte de sacrifício, para outros é uma fonte de diversão. Hoje todo mundo estuda (ou já estudou) inglês por necessidade. Mas uma pequena olhada na lista telefônica vai mostrar várias escolas de línguas exóticas. Normalmente a pessoa que faz um curso desses não vai aplicá-lo em lugar nenhum, mas ela se sente bem ao estudar algo diferente. Uma terceira pessoa olhando alguém fazer um curso de croata acha que ela está jogando tempo e dinheiro fora, o que nem sempre é verdade.
Se a leitura de um livro de finanças for feita de forma maçante, concordo com você. O ideal é que seja pelo menos útil. Mas, se for uma leitura agradável, um passatempo, passa a funcionar como um filme ou um bom jogo, ou seja.
MJC, perfeitas suas explicações! Além da utilidade, o fator “satisfação” também deve ser aplicado no desenvolvimento das atividades.
Exemplificando comigo mesmo: gosto bastante de astronomia. Leio livros, assisto vídeos, observo o céu noturno… tais atividades, em si mesmo consideradas, não têm utilidade prática imediata. Mas as faço pelo prazer intelectual e reflexivo que provoca. Se alguma atividade preenche suas “lacunas” de emoções e satisfação, vá em frente, pois são justamente elas que conferem “sabor” às nossas vidas. Assim como seus livros de física.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Olá Guilherme,
Vc é abençoado pelo que escreve!!! Eu estou nessa busca pela educação financeira, mas quero colocar o dinheiro, os investimentos com o objetivo de me ajudar a aproveitar melhor a vida e o tempo!!! O dinheiro tem que estar a nosso serviço e não o contrário!
Parabéns e obrigada pelo post!!!
Jane, muitíssimo obrigado pelos comentários!
E gostei muito da sua frase: “O dinheiro tem que estar a nosso serviço e não o contrário!”
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Ficou be legal o post Guilherme. Parabens!
Abs
Excelente discussão. Não existe uma regra para todos. Acredito que a escolha individual de ações tenha no longo prazo um desempenho superior ao da carteira do índice com um desvio padrão superior(volatilidade). Contudo, o custo do nosso tempo é um fator difícil de ser mensurado porque não pode ser comprado.
Para quem investe no horizonte de longo prazo, o recebimento de JCP e Dividendos diretamente no ETF é mais vantajoso, uma vez que os mesmoa são reaplicados com um custo de corretagem menor para o cotista e com economia de tempo em todas as ações da carteira do índice; outro importante motivo são os JCP creditados diretamente no fundo ETF que são isentos de IR ao contrário do recebimento direto na c/c do cotista que está sujeito ao pagto de 15% de IR (DIVIDENDOS SÃO ISENTOS NAS DUAS HIPÓTESES). Uma questão pouco divulgada entre os acionistas são os eventos de subscrição, bonificação, desdobramento, grupamento e representação em assembléias. Tais eventos são difíceis de serem monitorados e acompanhados por acionistas individuais, mas não para os gestores do fundo que podem tormar a melhor decisão em termos de rentabilidade. Um exemplo foi a recente bonificação do Bradesco cujo prazo perdi por não dispor de tempo e por falta de aviso da corretora, o que acabou acarretando um prejuízo de cerca de R$ 70,00.
Por fim, gostaria de discutir a seguinte alternativa: efetuar uma diversificação por meio da aquisição de diferentes tipos de ETF: BOVA11, SMLL11, CSMO11 e MOBI11, cada um cobrindo um setor específico, seria um meio termo entre as alternativas. Não custa lembrar que a questão tributária sobre a venda de ações até 20 mil pode ser alterada a qualquer momento; até mesmo o seu congelamento há vários anos prejudica a nossa avaliação.
Outro ponto que eu gostaria de trazer para o Blog é a questão tributária dos fundos, muito pouco difundida e utilizada. Prejuízos em fundos de ações podem ser compensados com lucros futuros de fundos da mesma administradora o que pode permitir um rebalanceamento da carteira entre fundos com rendimentos opostos e com isso amenizar o pagamento do imposto.
Abs.
IF, obrigado!
Flávio, como sempre, excelentes seus comentários! A questão da montagem de uma estratégia com diferentes ETFs é uma boa alternativa, uma vez que permite uma melhor diversificação, com custos ainda bastante reduzidos.
E sobre a questão da compensação tributária entre fundos de um mesmo administrador, você tem total razão. Taí mais uma oportunidade que pode ser contemplada na montagem de uma estratégia de investimentos.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
eu tenho uma dúvida bem amadora, nunca fui com a cara dos ETF’s pelo simples fato de não conhecer direito como funcionam, e pelo fato de estar comprando tudo. Contudo o intuito de investir não é escolher o que comprar, e sim obter lucro! Vamos a minha dúvida, como os dividendos e JCP são reinvestidos, não deveria haver um descolamento dos ETF’s com os seus respectivos índices? A tal mágica de longo prazo! Ou no mínimo o investidor deveria ver desovar em sua conta de tempos em tempos x ETF’s equivalendo a todos os proventos recebidos. Onde estou errando?!
Olá, Rony! Na verdade, como nas carteiras teóricas dos índices os dividendos e juros sobre capital próprio são reinvestidos no índice, isso também ocorre com o ETF que espelha tais índices. Ou seja, o gestor do fundo recebe os proventos, e os reaplica no próprio fundo, o que evita o descolamento em relação ao índice subjacente.
Uma ideia boa para manter um fluxo de caixa mensal é, ao invés de investir em empresas que pagam dividendos, investir em fundos imobiliários. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Oi Guilherme, lendo essa matéria hoje no jornal Valor Econômico, me identifiquei logo com o seu site Valores Reais que sempre enfatiza a importância dos ETFs. Apesar da matéria ser feita por um investidor do mercado americano, acho que vale a pena compartilhá-la. Abraços.
Link: http://www.bfre.com.br/pt/noticias/3603-ganhos-preguicosos-como-meu-pequeno-portfolio-bateu-o-sap-500
Obrigado pelo link, Diogo! Bem interessante o artigo, provando que, no final das contas, alocação is the king! 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!