O mês de maio marca a estreia de 4 novos índices na Bolsa: “Índice Brasil Amplo, Índice Dividendos, Índice Materiais Básicos e Índice Utilidade Pública”.
Vamos a eles, de acordo com a notícia publicada na própria página da Bolsa:
“O Índice Brasil Amplo estreia com 153 ações e permite uma visualização mais abrangente do mercado acionário no Brasil. Engloba todas as ações das empresas listadas na BM&FBOVESPA que atendam aos critérios mínimos de liquidez, como a inclusão numa lista cujos índices de negociabilidade somados representem 99% dos totais de negócios e de volume financeiro registrados e participação em pregão igual ou superior a 95% no período de doze meses anterior ao cálculo do indicador.
O Índice Dividendos mede o comportamento das ações das empresas que apresentaram os maiores retornos aos seus acionistas em termos de dividendos e juros sobre o capital (dividend yields) nos últimos 24 meses anteriores à seleção da carteira.
O Índice Materiais Básicos é composto pelas ações mais representativas dos setores de embalagens, madeira e papel, materiais diversos, mineração, químicos, siderurgia e metalurgia.
O Índice Utilidade Públicareflete o comportamento das ações das empresas mais representativas do setor de utilidade pública, que inclui energia elétrica, água e saneamento e gás.
Os quatro novos indicadores terão suas carteiras teóricas reavaliadas a cada quatro meses, da mesma forma que os demais índices da BM&FBOVESPA. No total, a Bolsa conta agora com 22 indicadores”.
Esses 4 novos índices provavelmente darão ensejo à criação de 4 novos ETFs, o que é muito interessante, pois o investidor individual poderá investir num fundo de ações com taxas de administração realmente baratas, pelo menos quando comparadas com as lançadas pelas gestoras de recursos e fundos de varejo. Em épocas de Bolsa lateralizada, como a atual, os gestores amam fazer propaganda de seus fundos de dividendos, afirmando aos quatro ventos que eles, nos últimos 9, 6 ou 3 meses, bateram o Ibovespa (como se bater em “alguém” ou em “algo”, durante um espaço tão curto de tempo, fosse deveras relevante para o investidor de longo prazo…..).
Pesquisando um pouco mais o site da Bovespa, o que me chamou a atenção foi uma pequena concentração na carteira do índice de dividendos:
Como não poderia deixar de ser, essa carteira teórica é dominada pelos setores financeiro e o de concessão de serviços públicos (telefonia, saneamento, energia elétrica), setores esses geralmente “estáveis”, que flutuam menos ao sabor dos ciclos econômicos, quando comparados com setores como “commodities” e consumo interno, por exemplo. Mas Banco do Brasil e Ambev ocupando quase um terço da carteira? Não deixa de ser um pouco surpreendente (ou nem tanto assim, considerando a metodologia utilizada para a elaboração da carteira teórica – para saberem mais acerca dessa metodologia, leiam o material disponibilizado pela própria Bolsa).
De qualquer forma, é bom saber que em breve teremos, provavelmente, mais 4 novos ETFs no mercado, totalizando 12 no mercado. Como disse o Willy Fog, “um pouquinho menos dos mais de 800 que os EUA possuem”……rsrsr
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Fala Guilherme, tudo bem!?
Eu acho que os índices até certa forma refletem o mercado, mas em questão de timing, o melhor indicador em relação aos índices da bolsa é a LAD (linha de avanço e declínio).
LAD x IBOV por exemplo, pode-se criar uma LAD para qualquer índice, na maioria das vezes ela indica com certa antecedencia o movimento do mercado, sabe por que? pois ela considera o mercado de forma ampla, não considera participações diferentes para cada empresa! 1 = 1
Se quiser mais informações, só falar!!!
Forte abraço, fica com Deus e ótimo final de semana.
Em relação ao comentário sobre ETF, não acho que precisamos de ter 800. Inclusive já vi críticas quanto ao modelo adotado lá, que chega a ter ETFs super específicos, de poucas ações, ou ETF de ETF de ETF… Isso pra mim tira um pouco a beleza do produto.
Precisamos, antes de sair criando mais ETF, dar liquidez aos que já existem. Tirando PIBB e BOVA, a liquedez desses produtos é ridícula! Mesmo o SMAL, que é super interessante, tem uma liquidez relativamente baixa!
É Guilherme……um dia a gente chega lá, hehehe.
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O que me interessou mais foi este índice de dividendos. Caramba a carteira tem 37 ações e concentra quase 30% em apenas 2 ações. Curioso é que a ELPL4 que pagou bons dividendos nos últimos tempos possui apenas 1,5% de participação, e a Eternit (ETER3) que paga baita dividendo nem se encontra no índice, como assim? Será que quem montou esta carteira foi aquele estagiário que deu entrevista no site do Jônatas? kkkkkkkkkkkkkkkkk
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http://www.efetividade.blog.br/2011/04/26/entrevista-com-estagiario/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blog%2FcQgW+%28Efetividade%29
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E bem lembrado por você que os bancos e corretoras que possuem Fundos de dividendos costumam comparar a rent. com o Ibovespa, quando na verdade me parece fazer mais sentido comparar o Dividend Yield da carteira (%) com o CDI. E falando em dividendo, neste mês de abril em que muitas empresas pagaram dividendo, o Yield da minha carteira virtual de ações foi de 0,34%, quando a rent. do portfolio inteiro foi de 0,40%.
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http://forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?t=13849&start=20
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Abcs
Ótima observação Guilherme!
Abraços!
Hum, se for para receber dividendos eu prefiro investir diretamente em ações de empresas que pagam dividendos! E eu não invisto em empresas de bebidas como a AMBEV, daí prefiro escolher outras
Oi Guilherme,
Vai ser interessante acompanhar esse índice de dividendos. Gosto bastante de empresas que distribuem dividentos com regularidade.
Iniciei uma nova seção no meu blog, sobre análise de empresas, quando puder, dê uma passada por lá.
Grande Abraço!
Ricardo
André, muito interessante seu comentário! Nunca tinha ouvido falar no LAD!
MJC, verdade. Injetar liquidez é essencial p/ garantir atratividade aos ETFs já existentes.
Willy, boas observações! E gostei da sua carteira, ótimo desempenho para um mês de IBOV derrapando.
Henrique, valeu!
Gustavo, tem razão!
Ricardo, visitado!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Guilherme,
e a quem interessar…
tem uma reportagem no Clipping do Ministério do Planejamento que fala sobre os ETF’s. Tem inclusive um ETF sintético muito usado na Europa, que faz o uso de derivativos. Quem tiver interesse acesse o link abaixo:
BIS (Banco Internacional de Compensações) alerta para teor tóxico de certos tipos de ETF
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/5/9/bis-alerta-para-teor-toxico-de-certos-tipos-de-etf/noticia_view
Ótima reportagem, Ricardo!
Esses ETFs sintéticos são realmente tóxicos e perigosos. Prefiro os ETFs “puro-sangue”, ou seja, os que acompanham determinado índice de mercado, de modo passivo.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!