Nos últimos meses do ano passado, eu resolvi colocar uma coisa em mente: começar 2011 totalmente “líquido”, ou seja, virar o ano sem carregar dívidas de 2010 para 2011.
Como não tinha prestações de carro (já quitado, e pago à vista) nem de financiamento de casa própria (eu pago aluguel) a serem resolvidas, a tarefa era relativamente simples. Havia apenas as faturas do cartão de crédito, as quais eu poderia postergar o pagamento para janeiro, ou ainda fevereiro, de duas formas. Uma era lançar mão do serviço de pagamento do cartão na fatura de outro cartão, com a vantagem adicional de ser um meio de acumular mais milhas – técnica que os leitores oriundos do blog Aquela Passagem já conhecem. A outra é simplesmente fazer as últimas compras do mês de dezembro pagando no cartão de crédito – dessa forma, os valores só deveriam ser efetivamente quitados em janeiro, quando saísse a fatura fechada.
Bom, mas como eu queria realmente entrar no ano sem dívidas, eu fiz o esforço valer a pena em relação aos cartões.
As faturas que vencem dia 10.01.2011 foram pagas antecipadamente, no dia 29.12.2010.
E nos últimos 10 dias de dezembro, eu usei a boa e velha dupla de cartão de débito + cash para fazer os pagamentos de compras.
Dessa forma, eu não só não carreguei dívidas do ano velho para o ano novo, como também iniciarei 2011 totalmente líquido, “zerado” de dívidas. Quer coisa melhor!? 😀
Se você tem muitas dívidas a quitar, comece já a fazer seu planejamento financeiro para, quem sabe, virar 2011 para 2012 totalmente livre de dívidas, como eu. Pois só quem já viveu escravizado por dívidas sabe como é indescritível a sensação de liberdade de viver sem elas! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Estou chegando quase lá tb.
Esse mês de janeiro é a última parcela paga de cartão!
Desde setembro ando pagando tudo a vista.
Qto a parcela do carro ainda tenho um bocado pra pagar… Estou analisando se adianto ou se fico com a reserva que podia adiantar o pagamento do carro e considerá-la como reservas para emergencias….
abs.
Legal. Eu tb tinha essa meta. Só q esqueci de deixar uma conta nova no débito automático. Agora além de não ter realizado a meta, vou ter q pagar JUROS. Tudo por causa de R$20,00.
Fica pra 2012.
Parabéns pela ótima qualidade do blog
Só vale a pena antecipar um pagamento se vc conseguir algum desconto. Senão é melhor deixar o dinheiro aplicado rendendo juros.
Gostaria de sugerir que você abordasse um post explorando o seguinte aspecto:
Financiar a casa própria ou morar de aluguel, prós e contras, com a respectiva análise financeira, segurança familiar e demais aspectos que considerar interessante.
Usei parte do seu texto “nem de financiamento de casa própria (eu pago aluguel)” para sugerir o tema.
Um abraco!
Como é essa técnica de pagar uma fatura do cartão de crédito com outro para acumular mais milhas? Essa eu não conheço.
É ótimo não ter dívidas, também entro 2011 livre delas, tenho parcelas de 2011 contraídas em 2010 mas só considero dívida o que já venceu rsrs
Ah, são parcelas da empresa então, continuo ok com as dívidas pessoais rsrsrs
ID, é isso mesmo, força de vontade é tudo! Quanto ao carro, eu quitaria a dívida o quanto antes. Boa sorte!
Elton, obrigado! Pagar juros realmente é complicado. Por isso estou considerando colocar mais contas no débito automático.
IF, eu não tinha ainda pensado sob esse aspecto. Interessante a sua observação.
João Mapel, gostei da sugestão de tema, obrigado!
Gisely, eu também consideraria dividas de empresa! Parabéns, começou 2011 totalmente líquida tb!
Carlos, funciona da seguinte forma: alguns bancos/cartões permitem o pagamento de contas na fatura do cartão. Inclusive conta de cartão de crédito, desde que seja de outro banco. Tudo isso mediante uma tarifa, geralmente de 2% sobre o valor do boleto. Dessa forma, você pode pagar a fatura de um cartão de crédito mediante a sua inclusão na fatura de outro cartão de crédito, pagando 2% sobre o valor da fatura daquele cartão. Dessa forma, você quita a fatura daquele cartão, e ainda ganha milhas em cima disso, pagando, obviamente, os 2% a mais.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Ah, nada como ter saúde de volta pra poder atualizar os comentários no mesmo dia da publicação do post!!! Feliz 2011 pessoal!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Eu começo zerado 2011, quer dizer, tem a fatura do cartão que vence dia 15, mas essa não conta.
Minha poupança de emergência – 5k – está na poupança e tomei a decisão de deixar apenas 1k na poupança e investir os 4k no TD, numa LTN.
É isso gente,
Abraço!
Olá, tudo bem?
Ótimo incentivo aos gastões rs.
Eu estou começando 2011 sem dívidas, como você disse, líquido, “zerado” de dívidas!
No meu caso é mais um ano começando sem dividas, graças a Deus nunca tive dívidas, já que não tenho cartão de crédito e sempre que pretendo comprar algo “caro” me planejo primeiro!
Além de começar 2011 sem dívidas, vou começar 2011 pagando todas as despesas de inicio do ano à vista, contas anuais divido por 12 = pagamento a vista, com desconto e um ano muito mais saudável!
Abraço a todos.
Do ponto de vista financeiro, o exemplo dado não foi bom, afinal, houve um pagamento antecipado da fatura sem desconto. O benefício, foi mesmo, só emocional (ao meu ver). Além disso, porque o editor ainda não comprou seu imóvel e vive de aluguel? rsrsrs será que está caindo na velha estória de que imóvel não é bom investimento? rss sorry!
Mudando um pouco de assunto. Eu recentemente vi que não ia viajar e passei a vender as minhas milhas do Smiles. Ah, ok, eu sei que isso não é permitido e tal, mas eu fiz. Daí sentei para fazer umas contas. Em média, vendi cada passagem por 378 reais (foram 7). Calculei que cada uma delas me custou cerca de 176 reais (80% de pagamento de títulos a 220 reais, 20% de compras, sem custo). Teria eu inventado um método sustentável para tomar dinheiro emprestado e ao invés de pagar, ganhar juros? rsrs
A curiosidade me levou adiante. É claro que eu não vou viver disso, mas quando eu pago uma conta no pague contas, eu posso deixar o dinheiro aplicado no Banco, rendendo juros por 20, 30 dias. É claro que não são os 1,99% ao mês (na verdade, por transação) que o Banco me cobra. Mas que eu ganhe os 0,5% da poupança. Na prática, eu ganho os 0,5% + venda das milhas e pago 1,99%. O saldo é positivo.
É claro que alguém vai levantar a bola e dizer que isso é ilegal. Vender milhas, é de fato, proibido pelos programas de fidelidade e eu acho que acabei de descobrir o motivo rsrssr.
Boa noite a todos,
Fernando
Abraços,
Fernando
Jônatas, legal o investimento em LTN!
André Savi, excelente planejamento, também pretendo quitar tudo à vista!
Fernando, meus comentários:
1) Pagamento antecipado da fatura: nem tudo deve ser feito focando o valor financeiro.
2) Pago aluguel por motivos que não cabe explicar publicamente. E sim, imóvel próprio não é investimento, é um passivo gerador de despesas. Isso considerando-se o imóvel próprio do ponto-de-vista estritamente financeiro. Emocionalmente, pode até ser considerado investimento, mas aí estaríamos desnaturando o valor técnico do vocábulo, o que torna o prolongamento da discussão inútil.
3) Aquilo que você faz com as milhas é análogo ao da pessoa que vai ao Paraguai comprar mercadorias, de modo ilegal, para depois revendê-las a preços mais altos. Pode até ser uma atividade lucrativa, mas embute um risco enorme, que necessita, ainda, de um mercado comprador que aceite também assumir tais riscos. Logo, respondendo à sua pergunta: não, esse não é um método sustentável para tomar dinheiro emprestado e ganhar juros. Se o fosse, todo mundo já estaria fazendo-o.
4) Na verdade, quem está pagando juros é você. Juros de 1,99% sobre o valor de cada transação efetuada. Do ponto-de-vista financeiro, seria melhor você pagar as contas à vista, sem pagamento de juros. O fato de as milhas terem valor financeiro não anula a afirmação acima, pois o dinheiro usado para pagar as passagens “em cash” *também* têm valor financeiro, e, como isso não bastasse, tal dinheiro ainda rende milhas de forma dupla: pelo pagamento da passagem com cartão de crédito, e pelo pagamento da passagem com dinheiro, que proporciona as milhas “qualificadas” (milhas utilizadas para upgrade nos programas de associados).
Tudo isso não quer dizer, por óbvio, que pagar milhas usando boletos não possa lá ter suas vantagens. Mas é preciso cuidado para ver até que ponto uma pessoa não está jogando dinheiro fora e, ainda que inconscientemente, criando um estilo de vida inflacionado. Sim, porque pagamento de contas para gerar milhas proporcionam viagens, e viagens geram pagamentos de despesas com hotéis, e pagamento de despesas com hotéis provoca gastos com alimentação, restaurantes, passeios, gorjetas, compras, city-tours… instala-se o ciclo vicioso do consumismo, e a pessoa acaba sendo vítima de sua própria armadilha…
A pergunta que se coloca é: até que ponto pagar boletos no cartão para gerar milhas não ocasiona uma atividade orientada ao consumo desnecessário, e até que ponto isso é bom para uma vida de equilíbrio financeiro de uma pessoa? Ficam as reflexões…
Boa noite!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
@Fernando Gama
Imóvel PODE ser um bom investimento, mas também pode não ser. Você vai descobrir isso quando acontecer a bolha no Brasil, se a bolha imobiliária nos Estados Unidos e Espanha não foram suficientes pra você entender a questão, aguarde a bolha brasileira.
Ou você acredita que um imóvel vai se valorizar eternamente?
Nunca se esqueça também que um imóvel se deprecia!
Abraço.
Oi André,
As bolhas ocorrem em todos os mercados, inclusive no imobiliário. Mas ela é mais comum no mercado financeiro. Eu ainda acho, particulamente, o investimento em imóveis mais rentável e mais útil do que a grande maioria dos investimentos financeiros. Certa vez, eu fui fazer um curso da Wintrade no Rio sobre o opções. Quase fiquei louco! Era estratégia mesa, estratégia canguru, estratégia entrada e saída! Fala sério! E ainda tinha uns loucos com planilhas do excel tentando arbitrar ganhos e especulando com opções da Vale e da Petrobrás. Olha, eu acho que investimento é igual religião: cada um tem o seu e não adiante discutir (e tem que se respeitar a opinião alheia). Mas investimento em bolsa e, a grande maioria dos investimentos financeiros, para mim não funciona. Eu acho que quem ganha é, na maioria das vezes, o banco. No investimento imobiliário, na minha opinião, você tem mais controle da situação e várias formas de multiplicar o capital. Mas, como disse, na minha (modesta) opinião.
Aquele abraço,
Fernando
@André Savi
@Guilherme
Oi Guilherme,
Tudo para enriquecer o debate. Não quero ser senhor da verdade nem manipular o debate, nem discutir com o blogueiro, ok?
1) quando discuti a questão do pagamento antecipado, eu falei que “do ponto de vista financeiro” não compensa. É claro que deve ter outras motivações, mas a validade do argumento era justamente o financeiro.
2) Não concordo com a tese pai-pobre-pai-riquiana (rsrs) de que imóvel próprio é passivo porque supostamente gera despesa. O que gera despesa é a necessidade de moradia, não o imóvel próprio. Por essa tese, meu estômago seria um enorme passivo rsrs. Nisso, o gasto é o mesmo, sendo ele próprio ou alugado. Mas, pelo menos em imóvel próprio eu posso comprar móveis, sem me preocupar se vou ser despachado (e ter que fazer uma mudança inesperada) em 30 ou 60 dias.
3) hahah gostei da idéia do “sacoleiro das milhas”. É uma boa analogia. Mas no meu post, eu tinha dito que estava avaliando a questão apenas do ponto de vista financeiro e não do ponto de vista ético-legal. Os sacoleiros, agindo ou não à margem da lei, indubitavelmente obtem lucro em suas transações. (não vale comparar agora com traficante rsrs)
4) Não entendi porque seria melhor, do ponto de vista financeiro, pagar as contas a vista.
Pagando a prazo, tenho despesas de 1,99% e receitas de 0,5% + milhas (por baixo 3%), totalizando 3,5% – 1,99%.
No resto, concordo que muitas milhas podem levar a outros gastos (restaurante, taxas de embarque, passeios, etc) e que não se trata de algo tão bom assim.
Um mesmo vi isso. Ano passado, com milhas, viajei para o Chile, para Curitiba e São Paulo. Em cada viagem, só paguei hotel e restaurante; quase não compro nada, mas mesmo assim, foram 4.500 nas três viagens, que estariam na minha conta se não fossem as milhas. 🙂
Abração,
Fernando
Fernando Gama,
Investir em imóveis (não estou falando em imóvel próprio que descaracteriza investimento) tem duas possibilidades, compra para agregar valor e revender e aluguel.
Considerando o IR, liquidez e diversificação eu prefiro investir em ações.
Aproximando os investimentos (mercado financeiro e imóveis) eu investiria em Fundos Imobiliários, maior diversificação.
Um imóvel gera um retorno bruto médio no aluguel de 0,6% (retirando o IR, acredito que 15%) temos 0,51% de rentabilidade bruta.
Considerando IPCA de 2010 (5,10%) temos uma rentabilidade anual de 1,14%. Nada mal não é mesmo?
@André Savi
Oi André,
Eu acho que investimento em imóveis tem mais possibilidades que essas duas citadas. Você pode construir, você pode comprar imóveis na planta, etc. O que me fascina no mundo de imóveis é que, diferentemente dos fundos financeiros (inclusive o imobiliário), você não precisa ter o dinheiro todo para investir. Quando você investe 100.000 num fundo imobiliário ou em um fundo de renda fixa, você precisa de todo o dinheiro, ao passo que, no imóvel, há várias formas de você usar apenas parte do seu capital.
Um imóvel geral um retorno de 0,6% se for um apartamento ou uma casa. Mas pode render muito mais se for um conjunto de apartamentos ou casas menores, com várias alternativas de financiamento. Eu recentemente adquiri um imóvel com 24 apartamentos tipo kitnete aqui em Cuiabá. Muitos deles não estavam alugados, em razão da baixa manutenção. Reformei tudo, aluguei tudo e, quando estava tudo pronto, vendi para outra pessoa administrar. Quanto gastei? Nada. Eu havia financiado a compra do imóvel. Não dá nem para calcular em %. Mas eu sei que isso é um achado e é preciso um pouco de conhecimento. E também não estou aqui querendo aparecer ou me gabar de nada. Só sou um pouco contra a idéia fixa de renda fixa rsrs. Na verdade é um chavão. Acho que dinheiro em banco, quem ganha é sempre o banqueiro.
A propósito, não entendi muito bem a rentabilidade anual de 1,14% ser boa. Era ironia? Se for, foi muito sutil para mim rsrs.
Um abraço,
Fernando
Olá PesoALL.
Só pra participar do debate, ok
Imóvel pra mim é um BOM invetimento , mas não mais ÓTIMO, foi ah uns 7 anos atraz , antes desta bolha anunciada, é um investimento sim , isso ninguem pode negar, ainda mais se vc investi com Asset Llocation, a divercificação é de longe o melhor investimento, estude as formas adequadas de divercificação, calcule os riscos e boa sorte,
Eu mesmo tenho imoveis na minha carteira de investimento (e pago aluguel) estes imoveis estão em outra cidade de onde moro.
Se você quer ter uma rentabilidade maior ou até mesmo diferente da maioria, você tem que investir onde a maioria não investe hoje., e hoje em dia os imóveis são os queridinhos dos investidores.
Forte abraço
Olá EvertonRic, concordo com o que vocÊ disse, perfeito!!!
Nos fundos imobiliários por exemplo, você não precisa ter 100.000,00 pra investir e se você tem esse valor, você provavelmente iria diversificar seus investimentos como o EvertonRic falou, Asset Location.
Imóveis você precisa sim ter o dinheiro para comprar o imóvel, no caso 100.000,00 você iria comprar apanas 1 imóvel aqui na minha região (considerando um imóvel digamos que popular).
Em Brasilia por exemplo, você não compra nem uma edicula.
Mas voltando, se você não tem o dinheiro para investir no imóvel, você recorre aos investimentos ou consórcio (mas depende de sorteios ou lances), ou seja, você está alavancando seu investimento.
Nos EUA a crise mundial estourou porque antes a valorização de um imóvel era bem maior que os juros do financiamento, depois que a valorização do imóvel estagnou, as pessoas pararam de pagar e os bancos não tinham mais dinheiro, mas não vem ao caso.
No mercado financeiro, se você não tem dinheiro, você pode operar alavancado, a famosa Conta Margem, ou seja, você não precisa ter todo o dinheiro para operar.
Foi totalmente ironia a rentabilidade de 1,14% ao ano.
A cada real investido você ganhou 1 centavo. Você acha isso bom?
E outra coisa, EU DÚVIDO que você tenha desenbolsado nada, a sua despesa foi menor que o lucro obtido (essa é a idéia de qualquer investimento lucrativo), mas desenbolsar NADA?
Acho que você precisa controlar melhor seus custos.
Abraço.
Corrigindo, desembolsar *
André, pontos muitíssimos bem colocados. Esse negócio de que “imóvel sempre se valoriza” é papo furado. Será que quem comprou imóvel da falida construtora Encol pode dizer o mesmo? rsrsrsr……
Fernando, suas opiniões sobre o mercado imobiliário deixam transparecer, de forma clara, que você está sob o efeito do “recency bias”.
Ao contrário do que você diz, na verdade, em termos de grau de liquidez e valor de investimento, a aplicação em fundos imobiliários é muito superior ao investimento em imóveis, considerando-se essas premissas acima: liquidez e valor do investimento. Com R$ 50k, você consegue comprar *E* vender cotas de fundos imobiliários. Agora, com imóveis, não é possível você vender 40% de um apartamento. Ou você vende o imóvel todo, e corre o risco de receber bem menos do que ele vale, caso necessita com urgência do dinheiro, ou espera. Com fundos imobiliários, você pode vender “fatias” de sua participação, em diversos empreendimentos, o que, ademais, dilui bastante o risco, que é fundamental em matéria de investimentos.
Investir em imóveis na planta nem sempre é garantia de lucro. Quem compra imóveis na planta está fazendo três coisas. Primeiro, financiando a construtora, com o saldo devedor sendo atualizado pelo INCC (que costuma ser bem salgadinho…). Segundo, deixando o dinheiro imobilizado, que poderia ser investido em aplicação que te fizesse “receber juros”, ao invés de pagá-los (sim, lembre-se de que nos finaciamentos você paga juros ao banco/construtora). E, terceiro, pagando aluguel, caso o imóvel na planta seja para moradia futura (lembre-se de q vc compra esperança, a esperança de que a construtora entregue a obra no prazo estipulado). Se for para investimento, pior ainda, pois temos que considerar que o capital imobilizado no *pagamento* de juros de financiamento poderia ser utilizado para investir em ativos geradores de *recebimento* de juros, como LCIs, CDBs, TD, ações, CRIs etc.
Se imóvel na planta fosse um “negocião”, a própria construtora não venderia na planta. 😉
Se imóvel fosse a melhor aplicação, como então justificar o custo da oportunidade pago naquele exemplo que a Mara Luquet deu, numa entrevista para a TV, da pessoa que tinha R$ 500k para investir, 13 anos atrás, e resolveu aplicá-lo em imóvel, que se valorizou, durante esses 13 anos, 100%, , indo para R$ 1 milhão, mas se tivesse investido essa mesma quantia em ações do Itaú, teria visto seu capital se valorizar para R$ 5 milhões? Difícil explicar, não!? Será que imóvel é realmente o melhor investimento?
Durante boa parte da década de 90, e começo dessa década, imóvel era um péssimo investimento. Hoje melhorou um pouco, porque as linhas de crédit, ops, quero dizer, dívidas, aumentaram, aumentando também a capacidade de endividamento da população. Não é à toa que casa própria virou poupança para boa parte das famílias brasileiras. Em vez de se preocuparem com a aposentadoria, se preocupam somente em ter a casa própria, ao contrário da cultura dos americanos, onde a aposentadoria é a preocupação principal. Essa diferença já explica porque somos tão atrasados em matéria de educação financeira e investimentos de longo prazo…
Dinheiro em banco quem ganha sempre é o banqueiro? E dinheiro em financiamento, quem é que tá ganhando? Não é o banco também? Há, tem a construtora/incorporadora/imobiliária também, não podemos esquecer delas…
Fernando, tenho certeza de que não está levando a mal essas discussões! Estamos apenas, eu, o André e o Everton, fazendo críticas construtivas, que te façam refletir melhor sobre o controle de seus investimentos, custos, consumo. É bom debater com pessoas que tenham pontos de vista diferentes, justamente para provocar reflexões que, de outra forma, jamais teríamos!
Sinta-se à vontade, Fernando, para continuar o debate! Com leitores tão qualificados comentando por aqui, tenho certeza de que todos saímos ganhando com mais conhecimento e mais reflexão!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
@Guilherme
Oi Guilherme, claro que não fico chateado não e não levo para o lado pessoal, pode ficar tranquilo. É ótimo poder participar dessas discussões. Há tempos que procurava um lugar onde pudesse discutir esses assunto com outras pessoas, já que a maioria das pessoas mais próximas não se interessam muito por assunto financeiros. É a nossa cultura de brasileiro de achar que aquele que fala de dinheiro é chato, dinheirisma, tio patinhas ou sovina.
Deixando a introdução de lado, vamos aos fatos. rsrs. Não sei bem o que é “recency bias”, mas pelo contexto, entendi que seria algo como se minhas opiniões estivessem alteradas em razão do sucesso recente. É isso?
De fato, nossas opiniões sobre imóveis são bem diferentes. Em primeiro lugar, eu discordo da principal premissa que foi estabelecida aqui por você e pelos outros interlocutores. Para investir em imóvel, não é preciso de todo o dinheiro do imóvel. E você pode sim, vender apenas 30% ou 40% do imóvel rsrs. Basta que você tenha os mecanismos certos para isso.
Já, no mercado financeiro, além de você precisa de todo o dinheiro, você ainda leva a menor parte dos ganhos. Eu já trabalhei em banco (há 12 anos atrás), na época dos juros elevados, mas, de forma resumida (lembrando que algo pode ter mudado), funciona assim.
Investimento: 100.000,00 em renda fixa
Taxa de administração do banco: 2% ao ano (essa taxa é muito maldosa, porque ela não vem descontada explicitamente, eu acho que deveria ter alguma regulamentação bancária que permitisse ao cliente saber exatamente quanto pagou num período de taxa de administração, mas não, ela já vem descontada no próprio valor da cota. É bom lembrar que esse 2% é uma média, para bons investidores, há taxas de administração de 1%, mas também há de 4%; há que diga que investindo no Tesouro Direto, você poderia economizar essa taxa, mas não apliquei ainda nisso e talvez existam outros tipos de taxa, já que você deve fazer a operação por meio de uma corretora). O fato é que o banco ganha e você nem sente. rsrs
Então, a taxa de administração já te leva, sem sentir, R$ 2.000 em um ano. Cumpre lembrar que ela incide sobre o valor total investido, ou seja, ao longo do ano, com os juros, ela vai ter como base um valor cada vez maior, mas para simplificar o cálculo, coloquei apenas sobre o valor inicial.
Depois do banco, vem o governo. 20% do que você ganha, para simplificar também, é destinado ao governo. Considerando uma taxa de 10% ao ano de juros, você deixa 2% para o governo. Já tinha deixado 2% para o banco, então lhe sobrou 6%.
Daí, como bem lembrou um colega, com uma inflação de 5% ao ano, vai sobrar algo em torno de 1% de juros real. O que é sensacional rsrssr (usando a mesma ironia, mas light!)
Agora, imóvel é uma outra estória, completamente diferente. Vou deixar para outro post, para contar algumas estratégias que venho usando para discussão. Algumas deram certo e outras, não. Mas a idéia central é: eu sempre tento fragmentar um imóvel em benefícios menores que possam ser adquiridos de forma mais fácil, mas com valores maiores. É bem simples, mas eu explico em outra hora.
Aquele abraço,
Fernando
Considerando que
Pois é, André Savi, Fernando Gama e Guilherme:
Imagine se você acompanhar a multidão dos investidores brasileiros, hoje todo mundo fala dos rendimentos dos imoveis, na minha visão , penso que depois da Copa 2014 ou antes, os preços desses imoveis vão cair, dai todo mundo vai vender, aparecerá várias barganhas inacreditáveis, com até 50% a menos dos valores então particados em 2010 ou 2011..(Assim como nos EUA e Espanha).
Eu como pequeno e modesto investidor que sou, pretendo vender meus imoveis antes da COPA 2014, e voltar para o mercado de imoveis lá por 2017 ou 2018 ou até mais , tudo dependerá do movimento do mercado, e dos investidores, quando já todo mundo vendeu e os preços estiverem mais acessiveis , assim você, eu e todos compramos na baixa e vendemos na alta dos preços.
.
Esta não é a formula mágica para os investimentos , isso todo mundo já sabe , o difícil é saber quando vender e quando comprar cada ativo.
Dito isso, só quero lembrar a todos que o diferencial de cada rendimento esta na tolerância de cada um, eu particularmente ainda posso tolerar esta bolha já formada dos preços dos imoveis no Brasil.
ok
Forte Abraços a Todos
Estou lendo o Livro em ingles – “Investing in Neglected Stock”, no qual tem uma frase muito boa para refletir.
“If you want to have better results than the crowd, you must behave differently from the crowd.”
Pense nisso.
Abraços
Olá Fernando, que bom que gosta dessas discussões, eu também gosto!!!!
Você considerou um FUNDO de renda fixa.
Você sabendo investir em imóveis não vai recorrer a corretores ou imobiliárias. Assim como eu e o Guilherme sabendo investir, não vamos recorrer a bancos. OK, vamos as taxas.
Um Título do Governo (LTN) paga hoje em média de 12,39% a.a., a corretora que utilizo não cobra taxa (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/ranking/ranking_taxas.pdf) o investimento que paga isso vence em 01/01/2013, ou seja, considerando a tabela de IR para Renda Fixa, você irá pagar 17,5% de Imposto de Renda, considerando a mesma taxa de inflação (5%) temos um rendimento anual de 6,24%. Tem ainda a taxa da CBLC de 0,4% ao ano, sobrando 5,84%.
Pimpa, bem acima do que você havia planejado, não é mesmo? A irônia se contesta!
Lembrando que você precisaria de no mínimo 160 reais para começar a investir!
E os custos para abrir um financiamento? TAC? Entrada? Juros? Álguem tem que pagar o almoço amigo, se não for você, alguém está sendo muito bonzinho contigo!
Realmente no investimento do mercado financeiro você precisa ter todo o dinheiro, no exemplo, 160 reais, ou seja o valor é muito baixo. Agora imóveis você não precisa ter todo o dinheiro, mas uma parte dele, que deve ser no mínimo 10.000% de 160 reais!
Se eu não tenho mais dinheiro ou acho acho que 160 reias é muito pouco, posso usar a conta margem, que é uma espécie de financiamento, estarei jogando acreditanto que o investimento irá me retornar um lucro maior que os juros pagos pelo financiamento, assim como no financiamento imobiliário.
Forte abraço, fiquem todos com Deus!
Pessoal muito boa esta discussão sobre imovéis.
.
Fernando Gama você falou o seguinte:
.
“Então, a taxa de administração já te leva, sem sentir, R$ 2.000 em um ano. Cumpre lembrar que ela incide sobre o valor total investido, ou seja, ao longo do ano, com os juros, ela vai ter como base um valor cada vez maior, mas para simplificar o cálculo, coloquei apenas sobre o valor inicial.”
.
Tá certo isso? A tx de adm não é cobrada apenas sobre o capital investido?? Exemplo:
.
Fundo de Renda Fixa com tx de adm de 2%.
.
Você investi R$ 100.000,00 e depois de 1 anos o fundo rendeu 10%, totalizando R$ 110.000,00.
.
A tx de adm. de 2% vai ser cobrada sobre R$ 100.000,00 (R$ 2.000,00) e não sobre R$ 110.000,00 (R$ 2.200,00) certo?
.
Abcs
Oi Willy,
Até onde eu sei, ela é cobrado sobre o saldo. Como o saldo aumenta todo dia, ela é cobrada sobre um valor cada vez maior, a cada dia.
Abcs
@Willy Fog
Ok, concordo com o paralelismo bancos x imobiliárias.
Não concordo com a questão dos 160 reais: ainda assim, você precisa dos 160 reais para investir. Quando eu falei em tópico anterior que precisaria de 100.000 para investir em renda fixa, era apenas um exemplo. O que eu quis dizer, é que você precisa do valor total (100%) do que vai investir, o que não ocorre com imóveis.
Não concordo com a questão do “almoço gratis”, quando se referiu a TAC e Juros. A questão não é que alguém está sendo bonzinho, apenas me paga para não ter o trabalho que eu tive. Nesse ponto, eu trabalho como empregado (e não investidor), diferente do trabalho de compra e venda de investimentos imobiliários (empreendedor). Em resumo, eu tive o trabalho de financiar, pagar as taxas como você bem disse e alguém vai me pagar de volta isso, ao final do investimento, porque não quer ter esse trabalho. As pessoas gostam de coisas prontas.
Também não concordo, que é preciso que o mercado imobiliário esteja em alta para lucrar com imóveis. Assim, como não é necessário que a bolsa esteja em alta para ganhar no mercado de ações. Comprar na baixa e vender na alta é apenas um dos instrumentos de ganho, entre muitos outros.
Quanto a entrada, hoje em dia, em muitos financiamentos imobiliários, você não precisa dar nada de entrada. Nem 160 reais. 🙂 O Banco do Brasil está financiando até as taxas cartorárias. Você precisa ter renda para pagar, só isso.
Não acho que seja uma boa usar a conta margem para investir no tesouro direto ou em ações. O risco é muito alto e está fora do controle do investidor.
Quanto a questão levantada pelo Guilherme a respeito da valorização do imóvel (500 para 1000 k), menor do que a valorização de ações do Itaú (500 a 5000 k), no mesmo período, acho que tudo se resume a risco. Como o risco de investir em ações é maior, os ganhos, quando ocorrem, também são. Muitos que investiram em outras empresas, talvez tenham ganhado menos do que no mercado de imóveis e outros, até, devem ter perdido dinheiro. O risco é que o permite alguns ganharem tanto. Mas, ainda assim, se for pegar uma série histórica mais longa, é possível que o ganho em ações apenas supere levemente o mercado de imóveis.
Além disso, para comprar um imóvel de 500, vc não precisa de 500. Para comprar 500 k em ações do Itaú, você precisa. E isso faz toda a diferença.
Um abraço,
Fernando
Fernando, sobre o recency bias, é mais ou menos por aí. É dar um peso muito grande aos eventos mais recentes, desconsiderando a realidade histórica de longo prazo dos fatos. Muitos investidores nos EUA passaram a abandonar as ações, por conta da crise de 2008 = efeito “recency bias”. Muitos investidores no Brasil passaram a acreditar que as ações só sobem, entre 2005 e 2007 = efeito “recency bias”. Muitos investidores no Brasil acreditam que, no caso dos rendimentos em imóveis, nos últimos 3 anos, o “céu é o limite” = efeito “recency bias”. É preciso passar por uma crise para termos, muitos vezes, a correta visão de um determinado ativo financeiro.
Você disse o seguinte: “Para investir em imóvel, não é preciso de todo o dinheiro do imóvel”. Concordo. E o preço que se paga para fazer isso se chama: pagar juros de financiamento. Não acho que seja uma alternativa segura, isenta de riscos e 100% rentável. Afinal, como bem afirmado acima pelo André, imóvel PODE ser um bom investimento. Pode subir de preço. Pode se valorizar. Mas pode também se desvalorizar. Não há garantias de rendimentos em imóveis. Que o digam os norte-americanos pós-crise “subprime”……rsrsr
Sobre a questão das taxas de administração: elas também existem para imóveis, como bem afirmado pelo André. TAC, cartório, comissões de corretagem, ITBI, IPTU, certidões negativas, registro….ufa! Alguém tem que arcar com todas essas despesas, e esse alguém atende pelo nome de … comprador. Todas essas despesas, por óbvio, fazem diminuir bastante o retorno *líquido* do investimento em imóveis.
E, ao contrário de fundos de investimentos, não é possível minimizar esses custos. Por quê? Porque eles são fixos e, pior, alguns são proporcionais ao tamanho do investimento. Quanto mais caro o valor do imóvel, mais caro o valor dos tributos, por exemplo.
Certamente, eu e outros leitores gostaríamos de ler sobre suas estratégias com investimentos em imóveis. Pelo que você fala, você já deve ter alguma experiência no segmento, o que seria de grande valia para investidores que agora estão entrando nesse mercado imobiliário.
Everton, muito legal essa frase. Nos faz refletir bastante.
André, ótimos seus comentários. O investidor inteligente sempre consegue equilibrar sua carteira com ativos com rentabilidade adequada, dado o grau de risco que consegue tolerar.
Voltando à questão do aporte: de fato, para comprar um imóvel de R$ 150k, vc não precisa ter em mãos R$ 150k. Pode pegar dinheiro emprestado do banco. O único problema é que vão cobrar juros em cima, e aí já não sei se é tão negócio assim se endividar para comprar um ativo que sabe-se lá se vai se valorizar ao longo do tempo. Não estou falando do financiamento para a casa própria, porque aí são outros 500 (pra começar, imóvel próprio não é investimento, como eu não canso de dizer aqui no blog, é um passivo).
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Fernando, assim como você mesmo disse, você precisa de renda pra pagar o financiamento do imóvel, isso já basta pra eu entender que qdo comentou sobre a compra de 24 apartamentos e disse que não gastou nada, você mentiu.
E quando você diz que não precisa de dinheiro para comprar um imóvel você está sendo equivocado, por se você precisa ter renda, você precisa ter dinheiro.
Se você tem um financiamento para pagar, você está pagando juros e não ganhando dinheiro, você só vai ganhar se depois de vendido os apartamentos, quitado o financimento e todas as taxas, sobrar algum dinheiro.
Se você não pagar a entrada em um financiamento, não pagar as taxas, não pagar o cartório, ou seja, financiar tudo isso, você está aumentando os riscos do seu investimento, você está aumentando os valores financiados e provavelmente os juros cobrados.
Nos apartamentos que você citou, você fez reformas, você gastou dinheiro com essa reforma, ninguém deu os materiais ou a mão-de-obra. Pode ser que você tenha desembolsado nada, mas alguém vai pagar as despesas. Pode ser o cara que comprou os apartamentos, mas provavelmente vai ser descontado do valor de venda, ou seja, você tem q considerar sim a reforma como gasto.
Fernando, você pode ter tido sucesso e lucro nos seus investimentos imobiliarios, mas eu dúvido que você tenha gasto nada com isso.
No investimento imobiliário também, você não compra e vende um imóvel no mesmo mês (considerando as reformas necessárias) ou seja, você terá que pagar o financimento, se a primeira parcela for pra depois do carnaval e você vender antes, tudo bem, mas o financiamento você vai ter que pagar.
Não existe almoço grátis, você tem q pagar, ou pelo menos alguém e pelos seus comentários está sendo você que está pagando e ocultando esses gastos, por isso estou alertando.
E pra quem acha que imóvel sempre se valoriza, o imóvel também se deprecia, você considera a depreciação dos apartamentos vendidos quando você contabiliza os lucros? Você considera o custo de oportunidade? Cuidado com os custos ocultos.
E outra coisa, aposto que uma única parcela do seu financimento, é maior que 160 reais, ou seja, você não precisa ter todo o capital para comprar o imóvel, mas algum valor você precisa!
E só para adicionar, 160 reais é o valor de 20% (considerando os custos) de um título! Ou seja, eu não preciso ter todo o dinheiro para comprar um título! E você precisará de 100% do dinheiro da parcela do financiamento.
Adicionando mais, caso eu não queira mais investir, eu aguardo o vencimento do título e recebo o principal investido, menos as taxas e impostos mais os juros obtidos pelo investimento. Agora você se comprometeu a pagar um financiamento, se você não quiser mais pagar, você terá que repassar o financiamento, caso não consiga ao invés de ganhar juros, você pagará multa e juros!
Abraço,
André Savi.
Pessoal
.
Me desculpem por fugir um pouco do assunto imoveis em questão, mas esta questão da tx de adm de Fundos ainda não está muito clara para mim.
.
Entendo que a tx de adm é cobrada sobre o capital investido, e não sobre capital + juros. O artigo abaixo que poderia sanar esta dúvida está um pouco confuso. Primeiro fala que ela é cobrada sobre o Patrimônio do Fundo (aplicações mais rendimentos), mas logo em seguida diz que é cobrada sobre o total investido e não sobre o saldo do fundo (não considerando portanto a rentabilidade).
.
#”A taxa de administração corresponde a um percentual ao ano sobre o patrimônio do fundo, que, por sua vez, é formado pelas aplicações mais os rendimentos. Ela é cobrada anualmente sobre o valor aplicado e não sobre o saldo que está investido. Na prática, se uma pessoa investiu R$ 1 mil no fundo que cobra uma taxa de administração de 2%, terá de pagar, ao longo do ano, R$ 20 ao gestor. Por ser cobrada sobre o total investido e não sobre o saldo no fundo, a quantia a ser paga não considera a rentabilidade do fundo, isto é, mesmo que o fundo do qual você faz parte tenha rentabilidade negativa, haverá cobrança da taxa de administração.”#
.
Então o que vocês acham? O texto me pareceu confuso. Aqui vai o link para o artigo completo:
.
Taxa de administração: o quanto ela interfere nos seus ganhos?
.
http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1479955&path=/suasfinancas/
.
Abcs
Olá Willy, li o artigo que você colocou o link e está bem claro que a taxa de administração é cobrada do valor investido, ou seja, se você investiu R$ 1.000,00 ao longo do ano você paragá (no exemplo considerando 2%) R$ 20,00 de taxa de administração. Se o fundo valorizou você continuará pagando R$ 20,00 (isso é bom) mas se o fundo se desvalorizou, você continua pagando os mesmo R$ 20,00.
O que acontece em alguns fundos é a cobrança da taxa de performance, ou seja, caso o fundo supero algum benchmark (normalmente IBovespa) é cobrado um em percentual o valor que excedeu o IBovespa.
Ex.: O IBovespa se valorizou 2% e o fundo 10%, será cobrado será cobrado 20% (em um fundo que acabei de pesquisar) sobre a diferença de 8%.
Espero ter ajudado,
Abraço.
@André Savi
Poxa André,
Imaturidade da sua parte me chamar de mentiroso, sem ao menos me conhecer e sem conhecer o meu trabalho. Eu não minto, não tem porque isso. Seu tratamento é rude, deselegante e incompatível com o objetivo dessa lista, que é a discussão de diferentes pontos de vista e não uma competição para ver quem é mais esperto ou sabe mais. Se eu soubesse tudo, não estaria aqui, querendo aprender.
Quanto ao fato supostamente que eu teria “mentido”, acho que o meu caso ou exemplo concreto é irrelevante para a discussão, usei apenas para ilustração. O que importa é o caso em abstrato, aquele que está apenas no campo das possibilidades para a maioria das pessoas. Como cada um vai fazer na prática, cada um sabe.
Abstratamente falando, então, é possível financiar 100% de um imóvel e fazer as reformas também totalmente financiadas, por meio do Construcard da Caixa. Eu não usei o Construcard, mas meu próprio cartão de crédito. Então, realmente, eu tive que pagar as despesas antes da venda, que levou dois meses. Mas ressalto, é irrelevante o meu caso específico. Estou falando que é possível lucrar em imóveis quase sem dinheiro ou usando muito pouco.
Ademais, ter renda não quer dizer ter despesa.
Um abraço,
Fernando
Olá Fernando, eu acho que me equivoquei utilizando a palavra “mentiroso” desculpa! Realmente errei e peço perdão.
Concordo com o que você disse sobre financiamento ou parcelar a reforma no cartão, mas tudo isso gera custo, o financiamento tem taxas, a compra do imóvel tem taxas, como o Guilherme citou muito bem e o cartão de crédito tem taxa (pagando em dia não tem juros, mas dependendo tem taxas), ou seja, para ter lucro, você precisa vender o imóvel pagando todas essas despesas!
Não entendi o que quis dizer com o ter renda não quer dizer ter despesa!
Abraço e mais uma vez desculpa!
André Savi,
.
Então realmente a tx de adm é cobrada da forma como eu imaginava, sobre o capital investido, e não sobre capital + juros.
.
E não faz muito sentido cobrarem sobre capital + juros, pois para isso existe a tal taxa de performance que você citou. Seria menos mal se a tx de performance fosse cobrada sobre o que excedesse o ibovespa, na maior parte dos fundos mequetrefes de ações que vejo por aí, ela é cobrada sobre o que excede o CDI.
.
Obrigado por responder.
.
Abcs