Semana passada, publicamos um texto comentando a nova emissão de debêntures BNDESPar. Diante da repercussão positiva do artigo, que teve mais de 25 comentários, tornando-o um dos textos mais comentados do site, resolvemos fazer… uma nova emissão de artigo sobre as debêntures BNDESPar! com alguns comentários adicionais. 😀
Histórico de rentabilidade
Antes de mais nada, lembre-se: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
O BNDES costuma lançar produtos BBB: bons, boas taxas de retorno e baratos. Saibam que o PIBB foi lançado, sim, pelo BNDES, em meados de 2004. Houve uma segunda emissão de papéis PIBB em 2005. E, no ano de 2006, eles resolveram lançar as primeiras debêntures, com remuneração atrelada à inflação:
Fonte: Debêntures BNDESPar
Êêêêêêêêêê……saudosos tempos em que as NTN-Bs pagavam 8% a.a. + inflação, não é mesmo!? Mas também, em 2006, quem aqui estava interessado em investimentos!?
Em 2007, houve mais uma oferta de debêntures, agora já com dois papéis: um pós-fixado ao IPCA, e outro prefixado. Lembremo-nos que lá em 2007 pré-crise, os juros começavam a apresentar uma tendência de queda:
Bons papéis, boas taxas de rentabilidade. Observe, inclusive, que o papel prefixado vai vencer daqui a menos de 2 meses. Num cenário em que a Selic chegou a cair para 8,75% a.a., esse título garantiu um sono tranquilo para seus investidores (exceto no período de crise em 2008). 😉
O BNDES pulou a emissão de debêntures no ano de 2008, provavelmente devido à crise financeira. E o fez com razão, pois, naquele ano, os papéis prefixados, do Tesouro Direto, de prazo mais longo, com vencimento em 2017, chegaram a pagar mais de 18% a.a.
No ano passado, já em 2009, tivemos a oportunidade de fazer a primeira cobertura dessas debêntures, e o resultado, todos sabemos, mas só para refrescar a memória:
E então, com uma SELIC estacionada nos 10,75% a.a., quem comprou a série prefixada está ganhando ou está perdendo!? 😀
Podcast Mauro Halfeld
Como faz tradicionalmente todo ano em que tem debêntures, o Mauro Halfedl publicou, no dia de ontem, informações sobre ela. Confiram o programa de áudio clicando aqui.
Notícia no jornal Valor Econômico
Ontem também, o jornal Valor publicou matéria sobre essas debêntures, conforme me informou o leitor Diogo (obrigado!). Conforme abordamos nesse artigo – Uma maneira gratuita de ler na Internet algumas matérias de jornais impressos: Clipping do Ministério do Planejamento – a dica é pescar a informação no clipping, para economizar nos R$ 3 do jornal :D. A matéria está aqui.
Restrição da liquidez
Como o M. Halfeld falou em seu programa, e vou reforçar aqui, é preciso ter muito cuidado com a liquidez desse investimento – você tem que segurar os papéis até a data de vencimento, se quiser garantir a rentabilidade prometida. Por falar em liquidez, recomendo a leitura desse artigo: Os cuidados com a liquidez nos investimentos.
Lembre-se, também, que esses são papéis para o médio prazo, não sendo, portanto, adequados a um plano de aposentadoria. Portanto, se você tem algum projeto de médio prazo, que vá vencer entre 2014 e 2017, as debêntures podem ser uma alternativa de investimento.
Considerando a relação risco/retorno desse ativo financeiro, as debêntures oferecem uma boa oportunidade de ampliar a diversificação na carteira, com reduzido grau de volatilidade, baixo custo e um ganho adicional de rentabilidade sobre os títulos do Tesouro Direto de prazo semelhante.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Muito bom Guilherme!!
Mandei email pra minha corretora e tive tb dificuldades em informacoes… primeiramente me falaram para ligar no 0800 e depois me enviaram outro email dizendo que as informacoes necessarias vao estar no site da corretora! Estou no aguardo, vamos ver!!
Sera que conseguiremos uma taxa de 7,XX + IPCA?? ou uma taxa de 13% nos pré!? Seria interessante!
Pq alem de taxa maior nao se paga os 0,3% a.a. que sao cobrados no TD… e tb nao se compra a taxa que algumas corretoras cobram no caso a minha eh de 0,2%… o que da 0,5% a menos de desconto e a mais de lucro!! rs rs
Se pagarem uns 0,5% acima dos titulos do TD ja da pra ter uma taxa bruta final de 1% acima do Tesouro! Otimo!
Vamos aguardar!
Abracoss
Guilherme,
Uma informacao interessante e que ainda nao tinha lido eh a seguinte:
Na hora de fazer o pedido de reserva, o investidor deve incluir a remuneração que ele pretende receber. Caso o “bookbuilding” defina uma taxa menor do que a pedida, o aplicador não leva o papel. O aplicador deve ficara atento ao fato de os papéis contarem com a possibilidade de recompra antecipada, ou seja, o banco poderá recomprar as debêntures a qualquer momento. Isso pode significar um imposto de renda sobre os ganhos maior do que o planejado. (texto extraido de http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/11/8/prazo-para-reservar-as-debentures-do-bndes-comeca-hoje)
abss
Érico, seria realmente muito interessante conseguir essas rentabilidades. Mas creio que elas serão mais conservadoras… algo em torno de 11.xx% para os prefixados, e 6.xx% para os pós-fixados atrelados ao IPCA. O que, de qualquer forma, já superaria a rentabilidade do TD.
Em relação à indicação da remuneração, eu não recomendo indicar a remuneração, deixando que o mercado faça a oferta. Isso para não correr o risco de ficar fora da oferta.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Caro Guilherme.
Estava olhando a carteira do HC investimentos, e adorei, tudo legal , só tenho medo do ouro, no qual fiz um cometario lá no blog, então, desculpa a pergunta, mas,
Quando é que o Valores Reais (Guilherme) vai expor sua carteira?, seria interessante para discução, comparação e aprendizado….
Forte Abraço
Fala seu Everton!
Eu estou para expor essa carteira já faz algum tempo, no entanto, ela estava excessivamente concentrada em RF para provisionar despesas grandes que tive esse ano, com carro, casa etc. Acredito que no começo do ano que vem, quando tudo tiver mais ajustado, voltarei a pensar nas atualizações da carteira mensal do VR. 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Parabéns por mais uma ótima matéria sobre Debêntures Guilherme!
Obrigado pelo tempo em coletar estas informações.
Concordo plenamente com seu comentário. Acredito ser preferível deixar o mercado decidir sobre a remuneração. Caso contrário, o investidor pode ficar fora da oferta. E as taxas devem ser por volta deste patamar mesmo.
Grande Abraço!
Guilherme, ótimo texto.
Debêntures talvez sejam um bom negócio para minha reserva para ver os jogos olímpicos.
Valeu.
Abraço!
Bom, pelo menos a classificação de risco está em Aaa pela Moody’s
Vale a pena estudar melhor essa debênture
Abcs,
Aonde posso conseguir mais informacoes sobre como adquirir as debentures BNDESPar? No momento invisto em acoes, poupanca e fundo DI. Gostaria de melhorar os rendimentos da renda fixa. Estas debentures seriam uma alternativa, certo?
Grato.
Henrique, valeu!
Jônatas, também penso da mesma forma.
F.I. Esse é um fator atrativo. Por falar em risco, qual seria o rating do Panamericano, hein!? rsrsrs
Marcos, no próprio site da BNDESPar: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Relacao_Com_Investidores/Debentures_BNDESPAR/
Sim, as debêntures seriam uma possibilidade, mas tome muito cuidado com os fatores de risco que estão presentes, no link acima tem o folheto que explica mais.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
EM RELAÇÃO AS DEBENTURES DA SERIE JUROS FLUTUANTES, A TAXA QUE REMUNERARÁ A CADA 3 MESES É A SELIC OU É OUTRA….
E EU LI UMA NOTICIA NA INTERNET DIZENDO QUE O TIO GUIDO PRETENDE ISENTAR IR DO INVESTIMENTOS EM DIVIDAS DE EMPRESAS…
SERÁ QUE PROCEDE?
A PREVISÃO PARA IPCA ANO QUE VEM É SUBIR ASSIM COMO SELIC POREM EM 2012 DIANTE DEVE CAIR BEM….
SERÁ QUE OS PRÉ SERIAM VIAVEL…
EU PERTICULARMENTE PEGAREI 2 OU 3, UMA DE CADA!
Helison, em relação à notícia, só digo uma coisa: “o futuro é uma caixinha de surpresas”.
Melhor você dar um tempo no noticiário econômico, e focar mais sua atenção nos investimentos.
Quanto à série flutuante, a taxa será o contrato futuro de DI.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Sugiro que coloque a data de criação ou alteração no início dos artigos.
Perdi meu tempo lendo esse artigo, que me parece foi publicado em novembro de 2010 e eu achava que era recente, pois recebi o link hoje.
Sugestão anotada, Mario!