“A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido”.
Não há como iniciar esse artigo sem expressar minha gratidão às mais de 50 pessoas que opinaram no meu último artigo publicado, no “longínquo” (rsrs) 13 de junho de 2010, comentando sobre a frequência dos artigos do site, opiniões essas escritas não só na caixa de comentários, mas também em emails enviados via formulário de contato.
Eu não imaginava que receberia respostas e opiniões tão bem qualificadas, as quais, na verdade, somente refletem a qualidade de seus autores. O que eu percebo é que o público que frequenta o site – seja via Web, seja via RSS, ou seja via email – é um público altamente qualificado, o que me deixa muito feliz.
Conforme eu havia dito naquele artigo,
Moldarei o futuro do blog a partir daquilo que espelhar a vontade da maioria, e também levando em conta aquilo que for necessário para manter o blog com uma atualização dinâmica.
Pois bem. A maioria – a imensa maioria – opinou pela manutenção da frequência diária dos artigos. Alguns leitores sugeriram até mais artigos por dia 😀 sendo que, de um modo geral, houve concordância em eu fazer aquilo que fosse mais compatível com minhas preferências. E sabe quais são as minhas preferências atuais? Adivinhem… continuar a escrever na frequência atual, com o padrão de qualidade que esse seleto público exige. 😀
Não faço isso sem apresentar justificativas plausíveis, para que vocês entendam os motivos dessa decisão. Como já expliquei em um artigo anterior, as prioridades mudam com o decorrer do tempo. Há 15 anos atrás, eu gostava de usar meu tempo livre com consumo de mídia: programas de TV e jogos eletrônicos – Nintendo 32, Nintendo 64, por exemplo (alguém aqui é dessa época?). Há uns 10 anos atrás, passei a gostar bastante de softwares e informática. Há uns 7 anos atrás, mais ou menos, mudei o foco do meu tempo livre para gadgets portáteis, principalmente palmtops e smartphones. E, de 3 anos para cá (desde 2007, aproximadamente), passei a me dedicar ao estudo de temas relativos a educação financeira. Mais recentemente ainda, passei a explorar novos ramos do conhecimento, como produtividade pessoal, estruturas familiares e, como disse certa vez um leitor, sobre as “coisas da vida”. Ou seja, sobre… valores reais. 🙂
E sabe qual é a principal diferença entre esses últimos hobbies e os mais antigos? É que os mais antigos produziam muito prazer, mas relativamente pouca gratificação. Vale dizer, produziam felicidade no momento presente, é inegável, mas não chegavam a produzir mudanças duradouras. Já esses últimos produzem muita, mas muita, gratificação. Realizam mudanças perenes. Transformam comportamentos.
Mas não é só isso. Essas últimas atividades, do qual esse site faz parte, estão transformando positivamente a vida de muitas outras pessoas – pessoas desconhecidas, mas “reais”, que me relatam pessoalmente. E é isso que me faz feliz: saber que aquilo que faço tem valor. Ora, que raios de felicidade é essa que, ao ser dividida, parece aumentar? Pois é, eu não sei explicar muito bem. Mas o Marxwell Maltz, autor da citação que inaugurou esse artigo, soube sintetizar, com sabedoria, em poucas palavras.
O que eu quero dizer é: se o que eu estou fazendo é bom, e é “bem” ao mesmo tempo, e diante das expressivas manifestações recebidas ao longo dessa semana, então vamos continuar fazendo aquilo que vínhamos fazendo, ora pois! 😀
Sei que alguns leitores não conseguem acompanhar o ritmo do blog, por conta de outros compromissos. A eles, há duas sugestões, além daquelas que outros leitores já escreveram no último artigo. A primeira sugestão é se concentrarem nas frases que eu normalmente destaco em negrito, quando quero transmitir o conceito central do artigo. E a segunda é irem direto para a conclusão do texto, que normalmente eu faço em textos mais longos.
Por outro lado, não é verdade que esse site contenha apenas textos longos. Isso talvez se deva ao “efeito da mera exposição”, ou ao fenômeno – fazendo aqui uma metáfora com as finanças comportamentais – denominado, na língua inglesa, de “recency”, ou seja, de prestar mais atenção aos eventos mais recentes, e daí tirar conclusões sobre o todo. Para quem acompanha o site desde o seu nascedouro, é fácil concluir que muitos dos textos publicados são de curta ou média duração. E, mesmo nos últimos meses, tenho produzido também textos menores, como esse, esse e esse.
Uma das coisas que me preocupa, e que em realidade me motiva a ter uma produção boa no presente, é que no futuro eu não sei se continuarei a ter a mesma disponibilidade que tenho hoje, tanto em termos de aquisição de informação, quanto de tempo. Hoje o meu interesse é por finanças pessoais, qualidade de vida, vida frugal e assuntos correlatos, como bem relembrou um leitor. Mas… e daqui a três anos? Será que a produção continuará a mesma? E daqui a cinco anos? E daqui a dez anos? E será que continuarei, no futuro, a concentrar minha atenção nos mesmos temas que focam minha atenção hoje?
É difícil responder. O futuro é imprevisível. Eu gostaria, mas, e se não for? Deixarei de escrever – nem que seja para ser arquivado e lido posteriormente?
Por isso, eu tenho que aproveitar o valor das oportunidades enquanto elas estiverem disponíveis. Se as ideias estão surgindo em profusão, eu tenho que captá-las no instante em que ocorrerem, e convertê-las em textos para a apreciação dos leitores, a um ritmo que seja palatável o suficiente para serem apreciados, segundo pensa a maioria, uma vez por dia. Além disso, como já lembraram outros leitores, não é preciso ler os artigos no momento em que são publicados, nem é preciso ler todos. Uma vez publicados, eles estarão ali, disponíveis no blog, arquivados e metodicamente organizados, podendo ser encontrados mediante um simples clique de busca. Aliás, é para eles e para todos os novatos no site que eu resolvi publicar a série Colhendo os dividendos: justamente para que, se não tiverem tido o tempo necessário, leiam posteriormente.
Ademais, não há interdependência entre os artigos. Ou seja, se você deixou de ler um artigo ontem, poderá muito bem aproveitar o artigo de hoje, pois aquilo que se escreve aqui não tem uma sequência pré-determinada. A exceção, quando ocorre, fica bem explicitada, como nesse artigo, cuja continuação ocorreu aqui.
Como bem disseram os leitores, procuro escrever no site artigos com valor atemporal, que possam ter significado e utilidade mesmo após meses de sua publicação. Embora as notícias também sejam úteis e tenham sua importância, também gosto de escrever sobre coisas cujo significado ultrapasse o momento em que são publicados. Aliás, devo dizer que gosto mais dessa segunda classe de artigos, pois eles têm valor que ultrapassa as fronteiras da época de sua publicação, como esse post.
Como eu disse no título desse artigo, você tem que viver a sua paixão. Aliás, esse foi o slogan da campanha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas 2016. Curiosamente, eu estava querendo há algum tempo escrever sobre o tema, e com esse artigo, “mato dois coelhos com uma cajadada só”….kkkk…
Eu, particularmente, identifiquei que a atividade da escrita me fazia reconectar aos meus valores interiores, numa espécie de busca do tesouro perdido. Quando você era criança, aposto que uma das suas atividades favoritas era o momento da “escolha dos materiais escolares”. Quais canetas comprar, quais cadernos utilizar, os conjuntos de lápis de cores, os pacotes de papel sulfite, cola, tesoura, papel cartolina, o estojo, e todos aqueles apetrechos báááá$ico$ 😀 que se contém numa lista de material escolar. Era um momento pelo qual aguardávamos ansiosamente, principalmente os cadernos. E mais ainda se eles tinham capas bonitas, e vinham dentro com pacotes de adesivos e outros “badulaques”. O curioso é que eu gostava tanto de cadernos que pedia mais alguns de aniversário para rascunhar ideias e projetos.
Mais tarde, os cadernos que eu usava na faculdade normalmente eram emprestados para que outros colegas tirassem cópias das anotações de sala de aula. Era uma maneira de compartilhar conhecimento. Sentindo a necessidade dos colegas, eu buscava me esmerar a fim de “entregar” a melhor informação possível.
Qual é a novidade? Com o site, eu ganhei um “caderno” que pode ser compartilhado com o mundo inteiro. Literalmente, com o mundo inteiro. As possibilidades de ampliação do conhecimento são virtualmente infinitas. E, a julgar pelo feedback dos leitores, vejo que estou no caminho certo. E mais, que isso faz bem. E, se faz bem, por quê não continuar? 😉
Há uma verdade universal que diz o seguinte:
“Quanto mais você dá, mais você recebe”.
Como disse o Alternaview, é o “efeito bumerangue”. Que se aplica literalmente a tudo. Você recebe de volta tudo aquilo que você dá. É a lei da reciprocidade. Não importa se é generosidade, amor, solidariedade, frustração, alegria, felicidade, ou qualquer outra coisa. Aquilo que você faz, retorna para você.
Se você faz alguma coisa com paixão, se você vive sua paixão, o efeito positivo pode ser avassalador. Experimente fazê-lo.
Acredito que esse site tem sido uma ferramenta fantástica para aproximar as pessoas, fazer elas refletirem sobre os valores reais que permeiam suas vidas. Eu gosto de escrever sobre isso, e percebo que, quanto mais eu discorro sobre esses temas, mais respostas positivas tenho. O sentimento de alegria é compartilhado por todos, por todos que se dispõe a tentar um caminho novo, uma reflexão nova, um comportamento diferente.
Uma das vantagens da metodologia GTD, que estou descobrindo aos poucos, ao lado do bom uso de ferramentas adequadas de tecnologia, é o uso eficiente do tempo. A produção de artigos para o site não prejudica, de maneira alguma, o desempenho das minhas demais atividades. Na verdade, o que eu ganhei foi um melhor uso do tempo, um “time allocation” melhor gerenciado. Nas últimas semanas, a quantidade de artigos, tanto grandes quanto pequenos, foi maior simplesmente porque tirei um tempo de férias para me dedicar a algo que me fazia bem. Naturalmente, com um tempo maior, a produção tendia a ser maior.
Mas isso não impediu que eu aproveitasse as férias para curtir as coisas simples da vida. Na verdade, o site ocupa uma parte do meu tempo livre, e não todo meu tempo livre. E trato de aproveitar esse tempo livre ao máximo, porque sei que os leitores têm apreço pelo material que é aqui publicado.
Como já falei em outras ocasiões, e nisso vários leitores – a maioria – concordam, é a minha antipatia pela superficialidade. Já existem sites demais falando sobre coisas de menos. Valores Reais não quer fazer parte desse time. Afinal,
“Se você fizer o que todo mundo faz, irá obter os mesmos resultados que todo mundo obtém”.
Para se destacar no meio da multidão, você precisa inovar, apresentar algo diferente, algo com conteúdo superior, que apresente atratividade e faça os leitores voltarem a você, instigados pela curiosidade e movidos pela sede de conhecimento. Se você vive a sua paixão, se você quer dar um sentido à sua vida, vá em frente e prossiga. Tenho certeza de que você atingirá suas metas antes do tempo planejado. Ainda mais se o que te motiva for a sua família.
Dentre os diversos assuntos discutidos no site, alguns, pela sua própria natureza, exigem o uso de termos técnicos. Eu procuro tornar factíveis os mais diversos assuntos, porém, se nem todos são “digeríveis”, é porque eu encontro limites na linguagem, que muitas vezes precisa ser técnica. Não há como escapar disso, se houver preferência pelo entendimento do assunto. Reconheço que o ideal seria produzir somente artigos “ótimos”. Entretanto, em face das disponibilidades de tempo e de outras prioridades, tenho que optar, muitas vezes, pelo artigo “bom”. E prefiro publicar um artigo “bom” do que não publicar nada. Pois, como se sabe, o ótimo é inimigo do bom.
Conclusão
Portanto, atendendo a maioria dos leitores, irei continuar a frequência atual dos artigos! Não percam, pois há muita coisa interessante a ser publicada e discutida aqui! 😀
Finalmente, quero agradecer a todos os leitores que enviaram suas críticas, sugestões, comentários e elogios sobre o site. Não existe fonte maior de motivação do que perceber que Valores Reais está contribuindo para a melhoria da vida de diversas pessoas. São relatos incríveis que me incentivam a continuar a escrever nesse espaço, que procuro tornar o melhor possível para todos vocês.
A todos, encerro esse artigo com duas palavras: muito obrigado! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Sabia decisão!
Estou no Japão, desde 2003 e em minhas buscas para obter conhecimento financeiro acabei por encontrar não, só o que estava a procurar, achei aqui, a educação para uma vida saúdavel.
Agradeço a você pela decisão de continuar, sua jornada.
Todos os dias não vejo a hora de poder ler seus artigos.
Desculpe os erros de escrita, meu acesso é restrito a internet, uso um smartphone para ler e também escrever este.
Tenha um bom dia, e que DEUS ilumine seu caminho.
Ufa!
Cinco longos dias. Já estava sofrendo por abstinência…Rsrsrs
Parabéns pelo trabalho!
Parabéns pela decisão Guilherme!
Estaremos sempre te acompanhando, não importa a frequência dos seus artigos.
Obrigado por continuar colaborando para o desenvolvimento de uma cultura mais consciente neste país.
Depois vou querer sua opinião sobre o novo layout do meu blog, assim como a nova fase em que ele estará entrando.
Grande Abraço amigo!
Parabéns, Guilherme!
Continue a nos prestigiar com seus ótimos textos! E, por mim, também por aqueles sobre as “coisas da vida”… 🙂
Abraço!
Parabéns pela decisão. Quem ganha somos todos nós. Deus te abençõe!!!
É isso aí!!!!!!
Obrigado a todos pelos preciosos comentários! É uma alegria compartilhada com todos vocês a retomada “a pleno vapor”….. hehehehe …. do site!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Caro Guilherme, no artigo “Viva sua Paixão” e toda polêmica gerada em torno da peridiocidade dos artigos, não me contive e coloco aqui a minha primeira participação como leitor de vários blogs, já que apenas passo por eles passivamente, adquirindo constante conhecimento e esse artigo me despertou essa vontade de comentá-lo, mesmo que tardiamente.
Que bonito ler você discorrer de sua paixão desta forma, confesso que me vi enternecido e agraciado por você se doar a nós e-leitores com tamanho esmero e dedicação.
Gostaria de deixar o meu sincero “muito obrigado” por você dividir conosco essa sua nova paixão e enfim torcer para que ela dure quem sabe um pouco mais, para que continue nos brindando com o conhecimento advindo de seus textos, que nos acrescentam além de conteúdo objetivo, bons momentos de recíprocidade. Afinal a empatia existe, você doando tempo de si, no que respondemos com o tempo de nós, cada qual a seu tempo, a seu jeito, não importa. Há algo maior por trás disso tudo e você captou tão bem essa sinergia e agora se torna responsável por aquilo que conquistou, bonito de se ver e de se ler. Gostaria enfim de desejar-lhe boa sorte em tão admirável jornada. E nada melhor do que terminar com a já consagrada frase: “Um grande abraço, e que Deus o abençoe.
Obs: Realmente “Marxwell Maltz” tem razão.
Luís, eu é quem agradeço por ler tão emocionante mensagem. Isso me dá forças para continuar a escrever no site.
Obrigado.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!