O leitor Luciano escreveu o seguinte comentário no post sobre o quê, no final das contas, vai importar:
“Proteção Familiar…
Esse é um assunto muito pertinente, muito polêmico… infelizmente no Brasil é tratado com muito descaso e PRECONCEITO pelas nossas famílias brasileiras…
Estou falando sim, do bom e velho SEGURO DE VIDA, ele mesmo, será que a gente pode parar um pouquinho pra pensar e mudar a nossa mentalidade tirando de vez esse tabu e pensar seriamente nas pessoas que a gente mais AMA… eles estão protegidos?… VOCÊ está protegido caso algo aconteça contigo?… uma invalidez… imagina que impacto isso fará em toda sua estrutura financeira… e a psicológica? Nem se fala!!! A vida não AVISA… falamos muito sobre independência financeira… e a PROTEÇÃO financeira?
Temos que ser muito cuidadosos com a nossa família, e principalmente com nossos filhos… trazendo para eles um produto que um verdadeiro Gesto de Amor….
Abração
Luciano”
Faço minhas as palavras do Luciano. De que adianta a pessoa investir pesado no mercado de ações, previdência, títulos públicos, se não houver um mínimo de proteção para esses investimentos? Pois bem, os seguros por morte ou invalidez constituem peça de importância elementar num planejamento financeiro consistente e de sucesso. Imagine um profissional liberal, que sofra um acidente vascular cerebral (AVC) em sua viagem de férias, incapacitando-o permanentemente de exercer suas atividades profissionais. Como ele irá se sustentar dali pra frente? Nesse caso, a contratação prévia de um seguro por acidentes pessoais por morte ou invalidez permanente irá amenizar os impactos financeiros decorrentes do evento. E se ele se recuperar, mas morrer por causas naturais, e tiver esposa e filhos para sustentar? Aqui está a importância de um seguro de vida.
No mercado de seguros, existem diversas opções de produtos, com cobertura de diferentes riscos: morte natural, morte acidental, invalidez permanente, invalidez parcial e assim por diante. As diferenças nas coberturas se refletem também nos diferentes preços praticados pelas seguradoras: alguns são mais baratos, mas, em contrapartida, cobrem menos riscos e contém um capital segurado menor, outros são mais caros, mas, em contrapartida, contém um capital segurado maior.
O importante a destacar aqui é que o seguro deve ser escolhido não apenas pelo seu custo, mas se levando em consideração o tipo e o valor da cobertura de que você necessita.
Por exemplo: se você estiver na faixa dos vinte e poucos anos, começando a vida profissional e não tem dependentes, o seguro de acidentes pessoais por invalidez permanente é o mais indicado, pois vai que acontece algum acidente que lhe deixe totalmente incapacitado de exercer suas atividades? É nesse sentido que a invalidez acaba sendo pior que a morte, pois os custos para se manter um doente em casa por tempo prolongado acabam impactando de maneira mais séria o orçamento familiar.
Porém, vamos supor que você esteja na faixa dos vinte e poucos anos, começando a vida profissional, mas, ao contrário do exemplo anterior, seja casado e tenha 2 filhos pequenos. Nesse caso, faz todo sentido contratar um seguro de vida, pois, nessa fase da vida, provavelmente você não tem reservas financeiras suficientes que permitam aos seus dependentes manter o atual padrão de vida para os anos seguintes.
A regra aqui é que cada pessoa e família tem uma necessidade específica e personalizada. A contratação de um seguro deve levar em conta as assistências contidas no contrato, o valor do capital segurado, o custo mensal, quais tipos de invalidez estão cobertas etc. É por isso que é fundamental fazer uma pesquisa no mercado, e não contratar de forma automática o seguro que o seu banco lhe oferece, por comodidade.
Quem tem dependentes para sustentar deve ficar ainda mais atento ao valor da cobertura, e colocar na ponta do lápis qual será o valor a ser segurado em caso de morte. Contratar o seguro que tenha o menor custo mensal, ou – pior ainda, não contratar seguro algum – representa uma daquelas típicas falsas economias, pois o custo barato da não contratação desse tipo de produto financeiro irá ser cobrado no momento em que ocorrer a situação indesejada.
Por outro lado, assim como na Bolsa nada é para sempre, nos seguros também é assim. Ou seja, na medida em que você avançar na construção de seu patrimônio financeiro, poderá também, na proporção inversa, diminuir o valor do custo mensal do seguro, bem como do capital segurado, afinal, o seguro pressupõe que você ainda não tenha capital suficiente para cobrir financeiramente os gastos decorrentes de morte ou invalidez.
O Luciano captou muito bem a mensagem que está na base dos seguros: quando você necessita e compra um seguro, você compra proteção e tranquilidade financeira, que são, afinal, algumas das funções que o dinheiro compra, como escrevemos nesse artigo publicado aqui.
A pior coisa que pode acontecer é ocorrer um evento súbito e inesperado como morte ou invalidez e, além disso, não haver cobertura financeira para arcar com esses tristes eventos. Se você tiver uma reserva financeira totalmente capaz de cobrir esses sinistros, o seguro é menos necessário, porém, se você não a tiver, maior se torna a necessidade de uma proteção na forma de um seguro, seja ele por morte natural, morte acidental, invalidez permanente, invalidez temporária ou qualquer outro risco que venha a se materializar.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Para podermos viver com tranquilidade, precisamos prestar atenção as necessidades da vida…eis aqui alguns pontos:
MANUTENÇÃO DO DIA A DIA: Como as famílias se organizam diante da falta do provedor? Sem a presença do responsável financeiro. como as famílias podem garantir a manutenção de seu padrão de vida? Quem eventualmente pode arcar com as despesas diárias?
EDUCAÇÃO: A maior herança que os pais podem deixar para os filhos é uma educação de qualidade. Na falta do mantenedor da família, essa herança pode ficar comprometida, eles talvez não possam estudar mais em uma escola de bom nível ou mesmo concluir a faculdade. Será que os filhos estão preparados para essa mudança?
MORADIA: O lar é o porto seguro de toda a família. Ninguém suportaria perder o espaço destinado ao convívio e bem-estar familiar. Em caso de perda do responsável financeiro, como a família mantém essa moradia? Deixar esse lar, mudar-se para uma casa menor ou morar de favor é uma solução digna para a família? Pessoal, aqui no Brasil acontece muito isso!!!!
DESPESAS EMERGENCIAIS: Ninguém pode prever quais situações de emergência continuarão a surgir após a morte ou após uma INVALIDEZ por acidente …como a família irá lidar com isso? Imagine a despesa que virá!!!!
INVENTÁRIO: O inventário talvez seja das maiores preocupações para os herdeiros, poucas famílias estão preparadas para enfrentar esta realidade e seus custos.
REORGANIZAÇÃO PÓSTUMA: Eu sei que esse é uma tema altamente preconceituoso, mas a única certeza que temos em relação à vida é a morte. Para a família que fica, existem contas imediatas a serem quitadas: despesas de funeral, despesas médicas ou mesmo dívidas. Desculpem, mas já vi a famosa “vaquinha” em velório….milhões de pessoas no Brasil não estão preparadas para essas despesas…
RESTABELECIMENTO DE VIDA: Após a perda do provedor principal, a família precisa de um tempo para reestruturar a vida e adequar-se a sua nova realidade. Uma reserva financeira dará tranquilidade para enfrentar essa transição..
Pensem com carinho..se proteja…a vida realmente não AVISA….
Hotmar, obrigado pela oportunidade..
abração
Luciano
Ótimos comentários, Luciano! Um complemento perfeito para o post, com aguçadas reflexões sobre esse tema tão importante e negligenciado pela grande massa populacional brasileira.
Infelizmente, as pessoas só pensam nas consequências adversas de um evento inesperado DEPOIS que ocorreu o evento. Aí, os prejuízos só se agravam…
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Hotmar, apenas a nível de recomendação para os leitores do blog, temos uma seguradora americana que atua aqui no Brasil “Prudential do Brasil” (a qual sou cliente), e que é atua na mais alta excelência na comercialização do produto VIDA, trabalhando na ética e transparência como é feito nos EUA. O produto é elaborado e adequado de acordo com a suas necessidades, para isso existe um consultor especializado em Vida chamado de “Life Planner” que faz uma análise e um planejamento completo, te acompanhando por toda a vida fazendo os ajuste no plano sempre que necessario.
abração
Luciano
Luciano, acho muito oportuno trazer aqui opiniões e referências de produtos existentes no mercado, por isso, obrigado pela dica! 😀
Se mais algum leitor quiser trazer indicações, sejam elas positivas ou mesmo negativas, aqui é o espaço, já que a discussão se aproxima mais da realidade concreta, facilitando o debate.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Não é exatamente um seguro de vida, mas o que vocês acham daquelas coberturas adicionais que podem ser contratados junto da previdência privada?
J, sua indagação é muito oportuna. Além dos planos de investimentos, algumas empresas instituidoras ainda fornecem possibilidade de contratação de coberturas adicionais, que nada mais são do que serviços extras oferecidos aos participantes, mediante o pagamento de uma contribuição específica.
É importante verificar o custo dessa contribuição, o valor a ser recebido em caso de ocorrência do evento gerador, bem como as cláusulas contratuais que regem essas coberturas adicionais, que variam de empresa para empresa. As mais comuns são: pecúlio, pensão (por prazo certo, ao cônjuge e aos menores) e renda por invalidez.
O pecúlio, por exemplo, é um benefício de risco que pode ser contratado junto aos planos de previdência privada e que garante que, em caso de falecimento do participante, seja feito ao(s) seu(s) beneficiário(s) um pagamento único de uma determinada quantia. O valor a ser pago para este benefício é determinado pelo cliente no momento da inscrição no plano. É parecido com um seguro na forma e na finalidade.
Algumas associações de classe ainda oferecem um benefício, pago mediante contribuição de seus associados, denominado de mútua. A essência básica desse sistema de cooperação está enunciada da seguinte forma: “quando da morte de um associado, os demais contribuem com um percentual, formando um pecúlio para suavizar as necessidades financeiras da família do participante, por ocasião da morte deste”.
Esse tema, dado sua importância, está a merecer um artigo específico, já que, como bem lembrou o Luciano, falta informação à população sobre a importância de mecanismos de proteção financeira das famílias. Portanto, pretendo voltar ao assunto em breve, priorizando o foco nesses outros produtos existentes no mercado: pecúlios, rendas por invalidez, pensão e mútuas.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Seguro de vida é um assunto interessante. Ainda não tinha parado para dar o devido valor. Tenho 28 anos. Acheva que era perda de tempo fazer um seguro nesta idade. Mas entendi o propósito. Aliás, pesquisando no site da CBN achei interessante, falando sobre seguros, o Mauro Halfeld. Estou colocando o link: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/2010/12/30/A-AMPLIACAO-DO-CAPITAL-DO-SEGURO-DE-VIDA.htm
Se interessar a alguém, aproveite!
Ótimo Post!
Os seguros cumprem papel importante, principalmente quando o assunto é proteção (“escudo”) de investimentos.
Ótimo link, Jean!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Caro Guilherme, os links dos artigos indicados ao final estão “quebrados” – o site indicado deve ter mudado os endereços das páginas. Vale a pena atualizar os links para manter a relevância do seu artigo!
Oi Fábio, grato pelo aviso!
Infelizmente o site mencionado alterou os links e aparentemente eliminou os artigos, de forma que achei melhor retirar as referências.
Abraços!