Essa é uma dúvida clássica de qualquer investidor, principalmente dos investidores iniciantes, que queiram aplicar no mercado de ações: “tenho R$ 10 mil para investir, e quero investir essa grana no mercado de ações. Aplico tudo de uma só vez, ou coloco o dinheiro numa aplicação de renda fixa e, a cada mês, invisto R$ 1 mil?”
A dúvida tem fundamento. A tentação de aplicar tudo de uma só vez é grande. Principalmente quando o mercado – no caso, a nossa querida Bovespa – começa a insinuar algum tipo de promoção. Ontem, por exemplo, foi um dia positivo para quem pensa em comprar, pois o preço dos produtos, de um modo geral, ficou mais barato. O IBovespa fechou com um belo desconto de 2,83% em relação ao dia anterior, na faixa dos 66.200 pontos.
Mas será que vale a pena comprar agora, investir todos os R$ 10 mil de uma só vez? E se a Bolsa continuar aumentando os descontos? E se chegar o dia da grande liquidação do lápis vermelho (só hoje o gerente endoidou!), conforme um analista financeiro está prevendo que pode chegar?
Felizmente, o INI, tantas vezes falado aqui no blog, publicou um dos melhores textos sobre a matéria, esclarecendo muitas das dúvidas que gravitam em torno dessa questão. No Informativo de julho de 2008, foi abordado esse clássico tema, com o sugestivo título: “comprar ações regularmente” x “comprar regularmente” “O primeiro princípio do INI na prática”.
Eis a metodologia proposta:
O investidor dispõe de R$ 24.000,00 aplicados em um bom fundo DI, no dia 30/06/2006, e decide entrar no mercado de ações. Decide fazê-lo aos poucos, colocando algo em torno de R$ 1.000,00 por mês e mantendo o restante no fundo.
A cada mês ele verifica a cotação da ação, e vê quantas ações conseguiria comprar com R$ 1.000,00. Compra as ações RIGOROSAMENTE no último dia útil de cada mês.
As premissas são:
• Rentabilidade média real de 12% ao ano entre 2006 e 2008, no fundo de renda fixa.
• Custos de transação com as ações de 1% do valor comprado.
• As cotações estão ajustadas à base acionária atual.Nosso investidor não é um profeta do passado, ou seja, não vai escolher “com certeza” Vale e Petrobras, pois em meados de 2006 a Vale ainda não tinha comprado a INCO nem a Petrobras tinha descoberto os mega-campos de petróleo. O petróleo não estava em US$140.
Em meados de 2006 ele decide escolher um hit da época, muito recomendada: Natura (NATU3). Poderia ser Braskem ou Telemar, ou mesmo Lojas Americanas, mas ele decide escolher a Natura.
Hehe, sensacional! Eu gosto de ler as matérias do INI (essa deve ter sido escrita pelo Paulo Portinho, já que o texto está muito bom), justamente por causa disso: os textos são ilustrados utilizando dados reais de empresas cotadas na Bolsa, com base no que provavelmente o leitor escolheria, dentre as opções que são os hits do mercado na época.
Mas, e aí, valeu mais a pena comprar tudo de uma só vez ou investir aos pouquinhos? Bom, essa resposta eu vou deixar que vocês descubram por si próprios, lendo esse excelente texto. O link está aqui.
Os resultados são surpreendentes…mas a conclusão é simples:
Se você é empresário, médico, advogado, engenheiro, guitarrista etc., estude, trabalhe, empenhe-se no seu negócio, escritório, consultório, prancheta ou palco para ser cada vez melhor no que faz e cada vez melhor remunerado. Daí invista todo mês, um pouco, com cautela e conhecimento das companhias onde está investindo. Deixe o tempo fazer o seu papel. Deixe o longo prazo de 3 semanas para os “profetas do passado”.
Boa leitura e bons investimentos! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Eu fiz uma resposta mas ficou tão grande que achei melhor publicar como um post no meu blog.
http://investimentosefinancas.blogspot.com/2010/01/dollar-cost-averaging.html
IF, ótimo artigo!
Achei especialmente interessante o seu método intermediário de aplicar metade de uma só vez, e o resto ir aplicando progressivamente.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Hotmar,
Sendo sincero, achei o artigo de péssima qualidade. Metodologia louca, argumentação sem qualquer ligação e, principalmente, resultados incorretos.
Dividir um montante em aplicações mensais não diminui o risco e muito menos aumenta o retorno, em média. É como jogar no casino, você pode até sair ganhando, mas as chances estão contra você…
Abração!
Olá, Viver de Renda!
Seria interessante vc colocar os fundamentos, ou razões, nas quais sustenta o seu ponto-de-vista, para incentivar o debate acerca do tema, e trazer compreensão para sua opinião. Isso inclusive poderia render um post em seu blog, tal qual fez o IF. Que tal? Fica a sugestão. 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Hotmar,
É o que irei fazer.
Abraços!
Ôpa, estamos aguardando, IF! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Esse negócio de aplicações é tão complicado que é melhor comprarmos uma bola de cristal.Todo mundo fala, fala e ninguém(eu) não consigo entender nada, mesmo porque
não gosto dessas aplicações que temos de acompanhar com faro de gato para não perder qualquer lance e, por isto deixo meu dinheiro na caderneta de poupança, ainda que rende pouco. Pelo menos não tenho de ficar tentando adivinhar qual aplicação rende mais, quem cobra a menor taxa e qual tem o menor risco.Que maçada!
Ainda tem o famigerado imposto de renda.Juntando tudo não é melhor ficar na poupança que não tem nada disto. Fazendo o balanço, ao final das contas acaba dando
na mesma. A poupança rende pouco mas não tem taxas, impostos nem preocupações.Outras aplicações rendem mais, mas esse mais é consumido pelos impostos, então não vale a pena. Arre, que rolo!Seráaááááááá´?
Madalena, a todo objetivo financeiro deve corresponder uma meta não-financeira, e a escolha da modalidade de investimento depende de uma série de fatores, como grau de aversão ao risco, valor de aplicação, prazo da aplicação etc.
No curto prazo e para fins de formar uma reserva de emergência, a poupança tende a ser um investimento adequado, pelos motivos que vc citou, aliados à boa liquidez do investimento.
Agora, para longo prazo, para objetivos de construção de patrimônio, financiamento de uma aposentadoria privada etc., a poupança é um mal investimento, pois a história comprova que ela perde da inflação em períodos longos. Ou seja, com o tempo, o dinheiro aplicado exclusivamente na poupança perde o seu poder de compra.
Então, o que eu sugiro é q, caso vc pense em investimento a longo prazo, estude colocar seu dinheiro em outras aplicações que vençam a inflação, como títulos públicos atrelados a índices de preços, fundos de índice passivos em Bolsa etc. Com o tempo e estudo, vc irá descobrir não só que essas alternativas são melhores, como tb se surpreenderá q algumas delas são isentas de impostos e têm baixíssimas taxas de administração.
O fato de vc ter chegado a esse blog e mais, ter postado um comentário, já é um indicativo de q vc tem potencial pra se tornar uma investidora de sucesso. Bastar, agora, desenvolver uma nova mentalidade em relação ao dinheiro, p/ q ele efetivamente comece a trabalhar por vc, e, gradualmente, e paralelamente, vc trabalhe cada vez menos por ele.
Estamos aqui à disposição para te ajudar nessa empreitada. 😉
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Bacana Hotmar, apesar de nós termos uma meta de investimentos focada a longo prazo.. é sempre bom ter uma boa reserva em dinheiro aplicado em poupança para possiveis emergencias..principalmente quem fica muito esposto a renda variavel com investimentos direto em ações..que é o meu caso..disso eu não dispenso da uma segurança melhor….
grande abraço amigo
Luciano
Luciano, estou com vc. O dinheiro alocado em poupança ou outro investimento de renda fixa de baixo risco e alta liquidez proporciona duas vantagens imediatas: resgate fácil em épocas de crise, como desemprego, doença etc., sem comprometimento de rentabilidade; e possibilidade de aproveitamento de crises agudas no mercado de ações para compra de ofertas que eventualmente se apresentem.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
nunca investí em nada, quero começar a aplicar 10 mil em alguma coisa, queria orientação a esse respeito. Qual o tempo que teria algum retorno? aplicar primeiro em qual modalidade? tem algum manual para iniciantes em aplicações financeiras? sou totalmente leigo em relação a bolsa, fundos, etc. aguardo e desde já agradeço.
Jussier, o primeiro passo é investir em sua educação financeira. Quanto aos investimentos, é necessário primeiro ter um colchão de segurança com pelo menos 6 meses de suas despesas mensais médias alocadas em um investimento conservador e de alta liquidez, como poupança, CDB, fundo DI etc.
Leia os artigos que estão no blog que encontrará muito material bom a respeito!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
acho que para minimizar riscos o melhor é diversificar entre renda fixa e variável ,não existe fórmula milagrosa ,grandes investidores nos ultimos meses perderam Bilhóes de dólares e estão no negócio a décadas .Minha dica é primeiro ;decida em quais empresas deseja investir segundo:analise o maior e menor preço das ações dessa empresa nos ultimos doze meses e espere até que o preço da ação encoste no menor preço negociado desse periodo.Ainda assim investir em açoes é um decisão de riscos consideráveis ,mas essa é uma forma de tentar diminuir os riscos no curto prazo.Um abraço e boa sorte!
Rodrigo, bem lembrado: diversificar é fundamental!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!