Uma das dicas mais preciosas que o Lírio Parisotto repassou aos que assistiram sua palestra foi essa: não investir em ações com o dinheiro da conta. Tal orientação é dada por praticamente todos os profissionais que trabalham no mercado financeiro, mas difícil de ser adotada, principalmente em momentos de euforia na Bolsa, como aqueles experimentados nos últimos tempos.
É preciso ter sangue frio, prudência e, claro, estudo e conhecimento para conseguir ter sucesso nos investimentos em Bolsa de Valores, seja aplicando via fundos, clubes ou mesmo mediante a montagem de uma carteira própria, via home broker.
O quer dizer “não investir com o dinheiro da conta”? Significa investir somente com aquele dinheiro que não fará falta para o pagamento de despesas, nem que prejudique o cumprimento de metas de consumo de curto ou médio prazo, ou que tenham destinação específica e próxima de acontecer (pagamento de matrícula escolar, IPVA, IPTU etc.).
Por exemplo: se a pessoa recebe um salário líquido de R$ 1 mil, e as despesas lhe consomem 60% da renda, isto é, R$ 600, o limite máximo para o investimento em Bolsa deve ser de R$ 400 – embora não seja saudável investir 100% das sobras em renda variável, a menos que você seja um profissional do mercado ou saiba exatamente aquilo que está fazendo (há boas técnicas inclusive para investir na Bolsa usando alavancagem, como bem explica o Luís Otávio, em seu ótimo blog).
O importante é sempre investir na Bolsa com um dinheiro que você não irá precisar no curto prazo. Essa dica vai ao encontro de outra, de mesmo sentido, sempre repassada pelo Bastter, famoso operador de opções do mercado brasileiro: opere pequeno. Em outras palavras: não faça investimentos com valores altos, mas sim com valores pequenos, cuja perda você seja capaz de suportar. À medida em que seu conhecimento em Bolsa – e sobretudo nas empresas – for aumentando, vá também aumentando gradualmente a sua capacidade de aportes.
Em suma: é importantíssimo não comprometer as despesas pessoais direcionando o valor que seria destinado a pagá-las para o investimento em ações. Pague primeiro suas contas e, somente depois, com estudo, análise, conhecimento e técnica, invista no mercado de ações. 😀
Bons investimentos!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Muito bom esse post. Estou acompanhando seu blog diariamente e estou aprendendo muito. Parabéns! Isso é um serviço de utilidade pública com certeza!!!
Daniella, muitíssimo obrigado pelos comentários!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Eu mudaria um pouco a mensagem… Pague-se primeiro, depois pague suas contas… claro que para isso é necessário uma boa administração do orçamento… antes de colocar isto em prática, as contas devem estar equilibradas e o indivíduo deve ter claro o quanto é possível investir e o quanto é possível gastar… com esta organização vigente, invista primeiro e só gaste o que ficar na conta…
Legal sua ideia também, IR!