Quero compartilhar com meus leitores do blog um dos melhores textos que já li sobre o investimento em mercado de ações. Trata-se da crônica, publicada no Informativo INI de janeiro desse ano, envolvendo um sujeito chamado Arnaldo. A crônica constitui o tema principal da referida edição:
Um recém formado em engenharia consegue seu primeiro emprego na área em 02/1/1996 e resolve investir nas ações ON da VALE, por influência de seu avô. Veja, na crônica a seguir, o que aconteceu pelo caminho.
São pouquíssimos os brasileiros que têm histórias prolongadas de investimentos na bolsa. Justamente por isso, temos poucas referências. É difícil encontrar uma pessoa próxima que já tenha passado por grandes turbulências no mercado, e que possa nos transmitir um pouco de sua experiência. O presente artigo, num formato que mais se aproxima de uma crônica, vai ilustrar em detalhes o que seria enfrentar o mercado ao longo de muitas turbulências e por longos anos. Muitos dos leitores vão se identificar com nosso personagem fictício, Arnaldo, recém-formado em engenharia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Acompanhe.
Embora o personagem seja fictício, a história do investimento em ações foi elaborada a partir de dados reais, colhidos através de uma ampla pesquisa histórica envolvendo o mercado de ações no Brasil entre 1996 e 2009, abarcando vários períodos da Bolsa brasileira, incluindo – e isso é o mais interessante – a crise econômica de 2008 (que ainda não sabemos se terminou).
O texto, posteriormente, foi incluído num ótimo livro do Paulo Portinho, “O mercado de ações em 25 episódios – Histórias, estudos e crônicas sobre o nosso mercado”, editado pela Campus.
A crônica destaca a importância de se investir regularmente, tanto em períodos de alta como de baixa da Bolsa, em empresas sólidas, com perspectivas de crescimento. É a aplicação prática da maioria dos princípios adotados pelo INI, cujo método – chamado de preço médio – é aquele que Benjamin Graham – professor de Warren Buffet – identifica como do investidor defensivo, em seu livro Investidor inteligente. Pelas qualidades de tal metodologia, é também o método que vários investidores em ações, como o viverderenda e tantos outros – dentre os quais eu me incluo -, adotaram como estratégia de investimento na Bovespa.
Leitura recomendadíssima. 😀
Link: clique aqui para baixar o Informativo INI de janeiro/2009.
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
E o cara que investiu 400 reais por mês na GM desde 1996? 😉
Viver de Renda, esse cara provavelmente perdeu tudo. Daí a importância de investir em papéis diversificados, ou então em um fundo de índice, como os PIBBs, nos quais vc está investindo. 😀
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Os informativos mensais do INI são um show à parte para qualquer tipo de investidor, seja ele iniciante ou experiente. Sempre traz excelentes reflexões.
Abraços Hotmar!
Exato, Henrique! E ainda são gratuitos, ou seja, conhecimento de qualidade a preço zero. 😀
É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
Fantástica crônica!
Dá até para convencer meus pais a investirem na Bolsa a longo prazo (10-15 anos)!
gostaria de mais informações s/ ações.
Sempre gostei dessa história!
Abraços.
Valeu, pessoal, pelos comentários!
Raul, um bom começo pra investir em ações é fazer o curso online gratuito que a própria Bolsa de Valores disponibiliza, bem como outros materiais interessantes, a preço zero.
O link está aqui: http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/iniciantes/mercado-de-acoes/mercado-de-acoes.aspx?idioma=pt-br
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!
muito interessante esse informativo. postei lá na comunidade buy and hold no orkut e repercutiu muito bem. novamente parabenizo por difundir esses conhecimentos.
Ôpa, valeu Gustavo, pela divulgação dos artigos do blog na comunidade Orkut. 🙂
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
fiquei meio desiludido hoje.
Li a história ficticia do Arnaldo e pensei em fazer algo parecido com o dele. Como sou iniciante, fui me informar no meu banco (BB) para ver suas taxas (alguma coisa como 20 reais por transação + emolumentos, por aí). Me disseram que o mínimo a ser negociado são 100 ações. Logo se eu fosse comprar da vale5 hoje, teria que desembolsar de cara cerca de 4500 reais.
Como Arnaldo conseguiu comprar 1 de cada vez no ínicio? tem que ser ON?
O blog é demais. Desde que encontrei, não deixo de visitar. PARABÉNS!! =]
Obrigado. Abraço
Denis, o funcionário do banco passou a informação errada. Existem duas formas de comprar ações no home broker: no mercado de lote-padrão, e no mercado fracionário. No caso do lote-padrão, de fato o mínimo de compra/venda são 100 ações, como regra. Agora, existe também o mercado fracionário, onde você pode comprar 47 ações, 25 ações, e até 1 ação. Eu mesmo, quando comecei a operar no home broker, e olha que foi justamente na corretora do BB, só negociava no mercado fracionário.
Como vc disse, em outro post, que pretendia investir R$ 150 mensais, pode com tranquilidade comprar, digamos, 4 ações da VALE5, sem problema algum. O negócio é confrontar a informação repassada por funcionário com outras fontes, para checar a sua veracidade.
Abç, e obrigado pelos comentários!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Boa a epoca em que o ini fazia artigos como esse..
Esse artigo marcou minha vida.
Putz, já tinha feito comentário para esse artigo antes. Mas de qualquer forma, marcou mesmo e pronto..rssss
Valeu, Gustavo!
Esse artigo também foi muito importante para mim, fez eu rever alguns conceitos sobre Bolsa de Valores.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Olá Guilherme, tudo bem?
Guilherme, você por um acaso já escreveu ou pensou em escrever sobre montar uma carteira de dividendos para complementação de aposentadoria, digo, longo prazo? Eu tenho navegado por ai e o que encontro é: para semana tal, tais empresas. Na outra semana, tais empresas, enfim, haja dinheiro para montar e mudar de carteria.
Estou querendo montar uma, mas por enquanto, nada.
Atualmente possuo Bradesco PN, porém estava querendo montar com uma empresa de energia elétrica (CMIG 4, talvez) e uma “small cap” (FLRY3) ou SMAL11 (ETF).
Fique com Deus e boa semana!!!
Evandro, é um tema interessante que pode ser colocado na pauta do VR, sim!
Uma carteira de ações deve englobar os aspectos globais da Bolsa, ou seja, deve contemplar as ações fortes em dividendos, e também as ações de crescimento. Focar exclusivamente em uma ou outra pode não ser a melhor saída. Isso porque, por exemplo, no caso de uma carteira focada somente em dividendos, essa é formada geralmente por empresas que não apresentam crescimento acelerado. São geralmente empresas estáveis, que tendem a subir menos do que o mercado como um todo. Um exemplo são as elétricas.
Esses 3 anos na Bolsa me ensinaram, dentre outras coisas, que devemos aproveitar o que há de melhor no mercado, ou seja, ter na carteira tanto ações de dividendos, quanto ações de crescimento. Isso porque as ações de crescimento um dia podem muito bem virar ações de dividendos, o que faz todo o sentido, pois, se crescem, é porque tem lucros, e, se tem lucros, tendem a um certo momento a distribuir o excedente aos acionistas.
Se você somar essa peculiaridade à formação de um preço médio baixo, pode gerar um dividend yield excepcional. Peguemos o caso do Arnaldo e as ações da Vale. O dy em relação ao preço atual é muito pequeno, coisa de 2%, 3%, mas o dy em relação ao preço de aquisição supera facilmente os 2 dígitos.
As empresas que vc pensa em colocar em sua carteira são ótimas, à exceção da FLRY3, que não conheço e, portanto, não posso opinar. Aliás, devo dizer que tenho Bradesco em minha carteira, justamente por causa do fluxo mensal de dividendos.
Nessa semana estarei publicando um artigo com uma sugestão de estratégia que foca, em parte, na solução desse problema: como montar uma carteira de dividendos no longo prazo, baseado em ações individuais. Está previsto para ir ao ar mais para o final dessa semana!
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Olá Guilherme, tudo bem?
parabenizo pelos artigos do VR e aproveito para perguntar se você ja publicou o artigo com sugestão de estratégia comentado acima.
agradeço.
Saudações.
Roberto
Roberto, obrigado!
Sim, dê uma olhada: http://valoresreais.com/2010/07/16/pensando-em-uma-estrategia-mista-na-bolsa-de-valores-parcela-em-acoes-individuais-parcela-em-etfs/ e http://valoresreais.com/2010/07/19/voce-venderia-rendas-vitalicias-compradas-a-preco-de-banana/
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Todo o fantástico investimento do Arnaldo vai se evaporar depois que ele se casar com a namorada, tiver filhos, separar e ter que pagar pensão… 😉
Arthur, pra evitar problemas, o negócio é ensinar pra patroa o caminho da independência financeira! 😀
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
quero saber se o Arnaldo perdeu tudo, gostaria de ser um investidor mas que pudesse comprar e vender e receber o lucro no mesmo dia, isso é possivel? se eu investir R$ 1.000,00 quanto eu ganho por dia? aguado uma boa resposta.
Josué, sim, é possível, fazendo day trade. Mas não recomendo: em boa parte dos casos, é jogar tempo e dinheiro fora. Prefira ver as ações como um investimento de longo prazo.
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
Grande Guilherme, tudo bem?
Coincidentemente, essa semana eu encontrei esse artigo do Arnaldo no também ótimo blog do Portinho, após ler lá o também ótimo artigo sobre o “Método dos Aportes Duplicados”.
Interessante que uma vez eu me lembro que, vendo que você fazia aportes regulares no Bova11 (você citou num comentário de um post não muito antigo), eu tinha feito uma pergunta para você num post com basicamente o mesmo tema do Portinho e achei que você não tinha respondido, rsrsrs. Confesso que tinha ficado um pouco magoado…entretanto, voltando ao tema de aportes (após ler o blog do Portinho), conferi o post aqui no blog novamente e estava lá sua resposta. Ou seja, confiei na notificação por e-mail e felizmente eu me enganei, pois não fui notificado, mas sua resposta estava lá.
Interessante que hoje, com as corretagens praticadas, até os R$ 400,00 mensais do Arnaldo investidos em ETF, poderiam ser uma opção viável.
Mas vou mais além: as vezes eu penso em investir mensalmente R$ 1.000,00 (o aporte mínimo inicial e adicionais são nesse valor) no Alaska Black FIC FIA BDR Nível I, sem fazer aportes vultosos, pensando em acumulação, assim como no Bova11. Talvez poderia aportar mais num momento de queda, como faço com o ETF. Até então eles tem se mostrado uma gestora acima da média (índice Bovespa), notadamente quando se olha um universo maior que três anos.
O que não quero é começar uma estratégia e parar no meio do caminho, o que é muito fácil hoje, principalmente com o excesso de informações que somos bombardeados a todo momento. Tenho feito basicamente o que você diz que faz com o Bova11, a diferença é que optei pelo SMAL11, mas apenas critérios pessoais mesmo, nada contra o Bova11. Talvez tenho ido pela máxima “pequenas empresas, grandes negócios”.
Em suma, é mais para trocar uma ideia mesmo, não é uma dica. Grande abraço.
Olá, Moisés!
Que bom que você esteja interessado nesses artigos sobre aportes regulares em ações, lendo os artigos do Portinho e os meus. Realmente, confiar no sistema de notificação por email não é 100% confiável…..rsrs…… melhor mesmo ir conferindo “manualmente” os comentários. 😉
Quanto ao tema do tópico, como você bem disse, hoje, praticamente 10 anos depois da publicação desse artigo, muita coisa mudou em termos de custos de investimentos, e isso a favor do investidor – felizmente!
A estratégia dos aportes regulares com R$ 400 realmente é passível de realização, sem muito impacto nos custos, haja vista que hoje em dia várias corretoras aplicam corretagem zero ou muito próximo disso.
Quanto ao Alaska Black, de fato ele tem tido uma performance muito boa e acima do Ibovespa, mas não sei se ele terá condições de no longo prazo bater o Ibovespa.
Não questiono a qualidade dos gestores, em especial o Henrique Bredda, mas sim as dificuldades inerentes ao ser humano de baterem o índice com consistência e no longo prazo.
Observe que em 2009 provavelmente esse fundo não existia, e só soubemos dele após a explosão na rentabilidade, o que ocorreu nos últimos anos, e que é inerente aos fundos de investimentos de uma maneira geral.
Por fim, quanto à sua estratégia, é muito interessante, haja vista que, se de fato estamos entrando num novo ciclo de alta da Bolsa, as Small Caps tendem a obter um desempenho melhor que as Mid Large Caps, e, portanto, a escolha do SMAL11 se mostra acertada.
Abraços!